domingo, 14 de outubro de 2018

-BOLSONARO, SOLUÇÃO OU PROBLEMA.


por Jeorge Cardozo

Para dar início a esse “bate papo”, caros amigos, vou começar ilustrando as principais tendências do projeto antipopular e elitista do candidato que, aqui, vou chama-lo por “besta fera” para aproveitar ao máximo esse período específico das lutas de classes, delineadas nessa eleição que se segue, agora no segundo turno, simbolizadas pelas dificuldades de grande parte dos eleitores estarem a compreenderem, de fato, os antagonismos permeados desde a grande crise do capital, iniciada nos Estados Unidos e semeadas por todas as nações, desde as mais pobres, Grécia, Turquia, Portugal, Chile, arruinando os miseráveis, como os africanos e sua crise humanitária etc., as emergentes como Espanha, Itália, Brasil, Argentina e etc.; as desenvolvidas como os próprios Estados Unidos já citado, Japão, França, Alemanha enfim...
No caso específico do Brasil, essa crise se agravou para o viés político, pelo fato da crise ter chego, em um período eleitoral, de disputa acirrada, como o atual momento, sendo acentuado ainda mais naquele momento, pela derrota do projeto liberal, preconizado pelo então candidato Aécio Neves que, após ser derrotado, em seu próprio estado, Minas Gerais, pela Dilma, não aceitou a derrota, indo se aliar ao famigerado por poder, mas, sem voto para tal, o então vice presidente Michel Temer, aprovaram as chamadas “pautas bombas”, que agravou em muito, as contas públicas, e, destarte, levando ao desgaste o governo recém reeleito da presidenta Dilma e, consequentemente, abrindo caminhos para o golpe parlamentar e as suas consequências nevasca para o Brasil e sua gente.
Aproveitando-se desses fatos narrados acima, um projeto nocivo à democracia, as liberdades individuais e coletivas, delineado do modelo nazifascista, se utilizando das redes sociais, foi ganhando forças em setores conservadores oriundos das religiões, em especial, nas protestantes, da maçonaria, setores empresariais e do agronegócio e culminando em setores da juventude alienados nas redes sociais, com pouco gosto pela leitura e vivenciando os seus “conhecimentos” em links de caráter duvidosos, oriundos de pessoas racistas e preconceituosas e ávidas por poder, tanto do ponto de vista de uso de armas de fogo, como do ponto de vista político e financeiro. Esses grupos, originários das classes A, B e até C, que, tiveram acesso aos estudos superiores e ao consumo no auge dos governos Lula e Dilma, com o advento da crise econômica e política, viram os seus ganhos e ascensão social  sendo reduzidos e sua volta paulatina para o estágio anterior, moveram-se para algo já implícito nas suas natureza e postos em praticas, com a presença dos indivíduos das classes subalternas D e E, frequentando os mesmos cursos superiores, lugares, acento em aviões com eles, radicalizaram e absorveram os discursos do candidato “besta fera” e tornaram-se, os seus algozes, divulgando e disseminando as suas ideias e violências nas redes socais, tornando-se, hoje, uma séria ameaça a nossa frágil democracia.
De outro lado, no contra ponto do que descrevemos acima, temos na disputa de segundo turno, o projeto petista que, ainda que tenha sofrida grande carga de perseguição por esses setores citados acima, de parte do judiciário em todas as suas instâncias, pelo desgaste advindo das acusações de corrupção, aparece, até mesmo, pela falta de uma alternativa capaz de salvar a democracia, os ganhos advindos do projeto social liberal e dos direitos humanos conquistados, o menos nocivos para salvaguardar e proteger a nação de um projeto extremamente perigoso que, poderá levar o Brasil a um tremendo retrocesso, com resultados imagináveis para o futuro do Estado de direito, conquistas através de muitas lutas, após o desastrado golpe militar de 1964, com resquícios negativos até hoje, para toda uma geração.
 “Ele, o ‘Besta Fera”, ilustra em grande parte, o atual estado de espírito do povo brasileiro pós-crise, que é de estagnação. Isso significa que você durante esta fase tende a deixar de lado oportunidades de crescer interiormente, mesmo que sua vontade seja unânime. Tudo isso, cria um estado de apago intelectual e mental, que parte das pessoas comece a buscarem supostos “salvadores da Pátria” como resultados das suas inercias e deixem de enxergarem os perigos e as suas nuances escamoteados em discursos faraônicos e de resultados imediatos, como se o existissem, vejam o caso de Collor de Mello em 1989, tão quanto o agora.
A falta de atitude e a concentração no sofrimento passarão a ser maneiras de sabotar o seu auto aperfeiçoamento. Essa medida poderá vir a ser tomada contra sua própria vontade, isto é, inconscientemente: seja negando ajuda ou mesmo duvidando de tudo o que é positivo e bom ao seu bem estar. Até mesmo a fé em algo maior poderá indicar uma fuga ou o sentimento de incapacidade de lidar com os problemas cotidianos. Pode parecer fácil resolver os conflitos internos, entregando o seu poder do voto a um transloucado qualquer, achando que é a solução de todos os nossos problemas, mas, só que não, apenas podemos agravá-lo ainda mais.
Desde a nossa infância, nossos pais e os nossos professores nos incentivam a alcançarmos a perfeição. Infelizmente, isso pode criar bloqueios e angústias se não atingirmos os objetivos que eles nos impõem. Por essa razão, muitas pessoas renunciam aos seus sonhos, entregando a outrem por receio de não conseguirem realizá-los.
Neste momento, quero aconselhar você a refletir de uma forma um pouco diferente, com essa frase de Vince Lombardi:
"A perfeição não pode ser alcançada. Mas se perseguirmos a perfeição, podemos conseguir a excelência".
Ao elevar a mente, você estará dando o seu melhor... e mesmo que o resultado não seja absolutamente perfeito, ele será provavelmente excelente. Eu encorajo você a se concentrar nos seus projetos, dedicando-lhes especial atenção, relativizando as dúvidas que sentir sobre o caminho a seguir, frente a urna no próximo dia 28 de outubro. Com perseverança, você conseguirá! Fé no que virá sempre, mas, esse “que virá”, é você quem escolhe, fazendo o que é certo.