sábado, 30 de novembro de 2013
-PERGUNTAR NÃO OFENDE!
Gostaria de fazer aqui uma analise comparativa entre o vereador eleito do PSOL, Hilton Coelho e o atual candidato a prefeito de Salvador Nelson Pelegrino: Pelegrino era jovem de classe média quando começou a sua militância no movimento estudantil, Hilton também; Pelegrino era magro e se vestia esportivamente no inicio da sua trajetória política, Hilton Também; Pelegrino começou na política na ala radical do PT, a Força Socialista, Hilton também; Pelegrino tinha como mentores intelectuais Jorge Almeida, Elisiário Andrade e Franklin Oliveira, Hilton Também; Pelegrino era extremamente critico em relação as alianças do PT, para com outros partidos, Hilton Atualmente também; Pelegrino se elegeu deputado estadual muito jovem com apoio de uma militância jovem (inclusive eu), Hilton também; Pelegrino foi candidato a cargos executivos por várias vezes antes de se eleger deputado estadual, Hilton também; Pelegrino mudou de posição ideológica assim que Lula se elegeu presidente, e Hilton vai continuar revolucionários até quando?
-WAGNER ABRA SUCESSÃO BAIANA
O
governador Jaques Wagner, supõe-se, abriu a sua própria sucessão na
primeira reunião que realizou para tratar da questão e, seguramente,
também de outros assuntos. Teria que ser com o seu vice, Otto Alencar, a
quem declarou, para festa de integrantes do PSD, que ele poderá
escolher um candidato de outro partido que não seja o PT, para
representar a base política que sustenta o seu governo. Otto é
presidente do PSD, partido que alcançou resultados expressivos nas
eleições recentes, elegendo nada menos de 72 prefeitos. Está, por
consequência, “cacifado” para se apresentar como pretendente à sucessão
de Wagner.
Se o primeiro político a tratar da sua sucessão foi o seu vice, é de se esperar, mas convém aguardar, que Wagner proceda de forma idêntica com outros nomes falados nos bastidores como candidatáveis, embora tudo seja muito precoce. Afinal, Wagner não fechou, ainda, o segundo ano do seu segundo mandato. O governo do Estado tem uma série de projetos para executar no tempo que resta ao governador, obras importantes aqui em Salvador e, de igual modo, no interior. Terá que ir em busca do tempo perdido. A execução de projetos o fortalecerá no governo e poderá resgatar algumas derrotas ocorridas nas últimas eleições, como nos dois colégios eleitorais mais importantes da Bahia, Salvador e Feira de Santana. Trata-se, como se observa, também de suposição.
Talvez a declaração do governador de que poderá optar por outro partido que não o PT seja uma forma para pacificar os ruídos que já se observam em legendas que o apoiam. Afinal, Wagner é petista, mas o PT não é dono do governo. Ou não deveria. Em torno, há diversos partidos e o mais importante deles é, sem dúvida, o PSD, embora fundado há pouco tempo. Seria, consequentemente, justo que o primeiro que pacificasse dizendo-se aberto para estudar outra legenda, além da dele, fosse o seu vice-governador, abrindo-se por aí um arejamento do processo que irá enfrentar mais adiante.
Na verdade, as demais legendas da base governistas têm menor expressão, como é o caso do PDT de Marcelo Nilo, embora não esteja aqui a excluí-lo num momento em que o deputado estadual está totalmente mergulhado no projeto de conquistar o quarto mandato sequenciado para presidir a Assembleia Legislativa. Fato, aliás, que não tenho conhecimento, nem lembrança de ter acontecido na Bahia, nos longos anos em que atuo na imprensa política. Leve-se em consideração a fragilidade da oposição e o número de parlamentares que aderiram o governo petista.
O PSD é um partido que nasceu em São Paulo, com Gilberto Kassab, para suprir a vacância de uma legenda que pudesse obrigar parlamentares que não estavam contentes com as suas agremiações, daí ter inflado com uma rapidez extraordinária. Não é, portanto, respaldado em ideologias. Fica mais próximo do PMDB. Este partido, que combateu a ditadura ainda como MDB, foi conduzido por Ulysses Guimarães sempre na oposição, condição que perdeu pouco a pouco para atuar com legenda que se agrega ao poder.
Embora sendo o maior partido do País, justamente em razão de tal característica, é um aliado do governo, do poder, onde se sente mais à vontade do que lançando-se para disputá-lo, fato que somente ocorreu uma vez, justo na primeira eleição presidencial direta, com Ulysses Guimarães como cabeça de chapa. A partir deste marco, foi aliado de Fernando Collor, de Itamar Franco, de Fernando Henrique Cardoso, de Lula, e agora de Dilma. Seria certamente também do diabo se, porventura, satanás fosse candidato à Presidência.
É do PMDB que o PSD mais se aproxima. O próprio fundador, Gilberto Kassab, apoiou José Serra, candidato a prefeito em São Paulo, pelo PSDB e, agora, pulou para o PT passando a apoiar Dilma Rousseff. Essa é a ideologia das duas legendas. Em outros tempos, o primeiro ditador, logo após o golpe de 1964, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, costumava denominar os políticos que rondavam os militares no poder de “vivandeiras de quartel.”
Como os quartéis silenciaram, essa característica de políticos integrantes de partidos passou a ser “vivandeiras do poder”. Creio que fica bem a denominação. O fato é que se a sucessão estadual não está aberta, porque seria precipitação, os ruídos sobre essa questão estão nos gabinetes e nos corredores do poder, ou subpoder, com vantagem para o PSD de Otto Alencar. Não se pode, no entanto, deixar à margem Walter Pinheiro, Rui Costa e José Sérgio Gabrielli (são os que lembro) todos do PT. Porque, por ora, há apenas sinal e Wagner é suficientemente adulto em política para dizer qualquer coisa que não tenha sido justamente o que disse, contentando quem tinha dúvidas.
Se o primeiro político a tratar da sua sucessão foi o seu vice, é de se esperar, mas convém aguardar, que Wagner proceda de forma idêntica com outros nomes falados nos bastidores como candidatáveis, embora tudo seja muito precoce. Afinal, Wagner não fechou, ainda, o segundo ano do seu segundo mandato. O governo do Estado tem uma série de projetos para executar no tempo que resta ao governador, obras importantes aqui em Salvador e, de igual modo, no interior. Terá que ir em busca do tempo perdido. A execução de projetos o fortalecerá no governo e poderá resgatar algumas derrotas ocorridas nas últimas eleições, como nos dois colégios eleitorais mais importantes da Bahia, Salvador e Feira de Santana. Trata-se, como se observa, também de suposição.
Talvez a declaração do governador de que poderá optar por outro partido que não o PT seja uma forma para pacificar os ruídos que já se observam em legendas que o apoiam. Afinal, Wagner é petista, mas o PT não é dono do governo. Ou não deveria. Em torno, há diversos partidos e o mais importante deles é, sem dúvida, o PSD, embora fundado há pouco tempo. Seria, consequentemente, justo que o primeiro que pacificasse dizendo-se aberto para estudar outra legenda, além da dele, fosse o seu vice-governador, abrindo-se por aí um arejamento do processo que irá enfrentar mais adiante.
Na verdade, as demais legendas da base governistas têm menor expressão, como é o caso do PDT de Marcelo Nilo, embora não esteja aqui a excluí-lo num momento em que o deputado estadual está totalmente mergulhado no projeto de conquistar o quarto mandato sequenciado para presidir a Assembleia Legislativa. Fato, aliás, que não tenho conhecimento, nem lembrança de ter acontecido na Bahia, nos longos anos em que atuo na imprensa política. Leve-se em consideração a fragilidade da oposição e o número de parlamentares que aderiram o governo petista.
O PSD é um partido que nasceu em São Paulo, com Gilberto Kassab, para suprir a vacância de uma legenda que pudesse obrigar parlamentares que não estavam contentes com as suas agremiações, daí ter inflado com uma rapidez extraordinária. Não é, portanto, respaldado em ideologias. Fica mais próximo do PMDB. Este partido, que combateu a ditadura ainda como MDB, foi conduzido por Ulysses Guimarães sempre na oposição, condição que perdeu pouco a pouco para atuar com legenda que se agrega ao poder.
Embora sendo o maior partido do País, justamente em razão de tal característica, é um aliado do governo, do poder, onde se sente mais à vontade do que lançando-se para disputá-lo, fato que somente ocorreu uma vez, justo na primeira eleição presidencial direta, com Ulysses Guimarães como cabeça de chapa. A partir deste marco, foi aliado de Fernando Collor, de Itamar Franco, de Fernando Henrique Cardoso, de Lula, e agora de Dilma. Seria certamente também do diabo se, porventura, satanás fosse candidato à Presidência.
É do PMDB que o PSD mais se aproxima. O próprio fundador, Gilberto Kassab, apoiou José Serra, candidato a prefeito em São Paulo, pelo PSDB e, agora, pulou para o PT passando a apoiar Dilma Rousseff. Essa é a ideologia das duas legendas. Em outros tempos, o primeiro ditador, logo após o golpe de 1964, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, costumava denominar os políticos que rondavam os militares no poder de “vivandeiras de quartel.”
Como os quartéis silenciaram, essa característica de políticos integrantes de partidos passou a ser “vivandeiras do poder”. Creio que fica bem a denominação. O fato é que se a sucessão estadual não está aberta, porque seria precipitação, os ruídos sobre essa questão estão nos gabinetes e nos corredores do poder, ou subpoder, com vantagem para o PSD de Otto Alencar. Não se pode, no entanto, deixar à margem Walter Pinheiro, Rui Costa e José Sérgio Gabrielli (são os que lembro) todos do PT. Porque, por ora, há apenas sinal e Wagner é suficientemente adulto em política para dizer qualquer coisa que não tenha sido justamente o que disse, contentando quem tinha dúvidas.
-NOVO CÓDIGO FLORESTAL
por Jeorge Luiz Cardozo
Assim os comunistas abandonaram uma das tarefas capitais da sua luta, com a aprovação do novo Código Florestal delineado pelo Dep. Federal Aldo Rabelo do PCdoB, cai a mascara deste partido que se dizia comunista e esta do lado das massas oprimidas. Sem duvidas que a manobra feita por esse parlamentar traidor dos anseios populares e do meio ambiente, trara ao Brasil, ou melhor, a humanidade mais prejuízos ambientais e mais domínios do agronegócio sobre a frágil economia nacional. E triste hoje em dia, vermos partidos ditos de esquerda, trair descaradamente o povo (o PT ta fazendo modismo), aprovando leis que só beneficia os poderosos grupos econômicos, exemplo disso, e vermos aqui na Bahia o PV (partido verde), se aliar com o DEM, partido esse, defensor intransigente do grande capital, e, agora, a vez do PCdoB do Dep. Aldo Rabelo e cia, ajudando a aprovar esse novo Código Florestal de total interesse do agronegócio. Cade a juventude organizada, ou melhor, desorganizada? Ah, estão na UNE (União Nacional dos Estudantes), que e totalmente controlada pelo mesmo PCdoB... vergonha. PSOL, um partido necessário.
Assim os comunistas abandonaram uma das tarefas capitais da sua luta, com a aprovação do novo Código Florestal delineado pelo Dep. Federal Aldo Rabelo do PCdoB, cai a mascara deste partido que se dizia comunista e esta do lado das massas oprimidas. Sem duvidas que a manobra feita por esse parlamentar traidor dos anseios populares e do meio ambiente, trara ao Brasil, ou melhor, a humanidade mais prejuízos ambientais e mais domínios do agronegócio sobre a frágil economia nacional. E triste hoje em dia, vermos partidos ditos de esquerda, trair descaradamente o povo (o PT ta fazendo modismo), aprovando leis que só beneficia os poderosos grupos econômicos, exemplo disso, e vermos aqui na Bahia o PV (partido verde), se aliar com o DEM, partido esse, defensor intransigente do grande capital, e, agora, a vez do PCdoB do Dep. Aldo Rabelo e cia, ajudando a aprovar esse novo Código Florestal de total interesse do agronegócio. Cade a juventude organizada, ou melhor, desorganizada? Ah, estão na UNE (União Nacional dos Estudantes), que e totalmente controlada pelo mesmo PCdoB... vergonha. PSOL, um partido necessário.
-MORRE O MESTRE NIEMAYER.
Por Jeorge Luiz Cardozo
Se a complexidade que o movimento arquitetônico delineado por Niemayer representou na historia recente do Brasil deve ser vista como raiz de nossa consciência que, até então, encontrava adormecida na contemporaneidade, então não se deve ressaltar apenas a dimensão metódica e harmoniosa dos seus traços em torno de um só eixo dessa consciência de avançarmos não só como sociedade em desenvolvimento, mas, acima de tudo, como sujeito crítico de um desenvolvimento desigual e não linear. Deve haver no pensamento de Niemayer um espaço equivalente para a fantasia, a angústia, o desejo, à vontade, a sensação e o medo também das mudanças em curso. Neste sentido ‘e que estaríamos construindo uma sociedade mais igual, mergulhando fundo em nossa raiz, neste sentido ‘e que seriamos realmente radicais e poderíamos de fato, fazer uma sociedade socialista como preconizava o grande mestre Oscar Niemayer... Saudações eternas, grande mestre.
-QUE PAÍS É ESSE?
A Câmara e o Senado, às vésperas de estabelecerem mudanças em suas mesas diretoras, estão, novamente, em plena ordem do dia e sob foco da mídia diante da possibilidade de que o senador Renan Calheiros, carimbadíssimo como se sabe, retorne à presidência do Senado e Henrique Eduardo Alves eleja-se para o comando da Câmara dos Deputados. Ambos são do PMDB. Contam com o apoio do PT e de parte da base aliada da presidente Dilma. Acontece que, nos últimos dias, uma onda avassaladora de denúncias sobre utilização de dinheiro público ronda o senador e o deputado que, até agora, nada fizeram para esboçar qualquer defesa.
Os dois políticos, principalmente o alagoano, que volta à cena política, são parlamentares que refletem o passado. Políticos viciados que frequentam o Congresso munidos de mandato há longo tempo. O deputado e o Senador estão a receber uma fuzilaria da mídia de maneira geral. O jornalista Augusto Nunes, por exemplo, ontem anotou: “Num Brasil com cara de clube dos cafajestes, o senador alagoano vai presidir a Casa do Espanto e o deputado potiguar vai administrar o Feirão da Bandidagem. Faz sentido.” É. talvez faça. Calheiros, quando presidiu o Senado, foi obrigado a renunciar diante de tantos escândalos que explodiram em torno dele envolvendo seus “negócios” em Alagoas. Deixou o cargo e usou a tática do silêncio. Apagou-se, em outras palavras, provavelmente imaginando o momento certo para retornar ao cargo. Nada mais oportuno, portanto, do que substituir José Sarney.
Já o atual líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, do PMDB do RGN, é outro de trajetória política incerta. Há várias denúncias que o envolvem. A última dá conta de que, com recursos federais, contratou uma empresa, a Bonacci Engenharia, através dos critérios que só o governo da União sabe, para a construção de casas, praças, barragens, instalações sanitárias etc, em seu estado. Só que a “Folha de S.Paulo”, tomando como base o endereço da empresa, descobriu que ela inexiste, pelo menos no local por ela indicado. Os convênios giram em torno de R$6 milhões e o dono da empresa era o ex-assessor de Alves na Câmara, Aluízio Dutra Almeida. A sede da Bonacci nada mais é do que um terreno baldio e o único vigilante da área é um bode branco que ganhou o nome de “galeguinho”.
Tanto Renan Calheiros como Henrique Eduardo Alves devem se eleger para presidir as duas casas congressuais, porque assim o PMDB quer e desse modo a presidente Dilma fecha os olhos, mas libera a sua base aliada para votar como bem entender por preferir ficar distante do Poder Legislativo e do seu lamaçal. Talvez o jornalista Augusto Nunes tenha razão ao se referir ao Senado como “Casa do Espanto” e a Câmara como “Feirão da Bandidagem.”
-GLOBALIZAÇÃO E CULTURA
Por: Jeorge Cardozo*
A globalização é uma palavra que indica não que interpreta ou sintetiza, portanto, indica o problema, não a chave da sua interpretação. Sinaliza uma nova realidade da experiência vivida no final do século XX, indicando uma nova etapa e um novo quadro do processo de desenvolvimento das interdependências das nações mundiais, que, ao mesmo tempo, integra e polariza o sistema mundial, a impressionante aceleração da mobilidade e dos fluxos de pessoas, bens, capitais e símbolos, etapa e quadro que podem ser vistos em perspectiva e os passos anteriores na direção da internacionalização e da mundialização das relações entre as pessoas e o modo de produção.
Mas, é preciso não cair no rito usual da idéia de globalização, nos moldes colocados pelo sistema capitalista e, se criar um modelo contra hegemônica de globalização onde todos os sujeitos estejam inseridos, diferentemente, do modelo de globalização preconizado pelo poder hegemônico do capital. Portanto, é preciso problematizar, construir modelos de teorização, observação e análise suficientemente críticos para dar conta de análise mais aprofundada e extensa do modelo atual de globalização e das suas tendências teóricas atuais, que, escondem nas suas entrelinhas, as mazelas desse paradigma globalizante preconizado pela burguesia detentora dos conhecimentos teóricos implícitos na globalização.
Portanto, para se ter uma idéia mais profunda do fenômeno ora estudada que é a globalização, faz-se necessário, pluralizar buscando uma precaução do método, para não na tentação de uniformizarmos e reduzirmos “globalizações”: que são vários fatores, várias configurações, vários efeitos da mesma dinâmica, como propõem Appadurai (1990, 1996) que a interpretação sociológica seja considerada através da mediação dos “quadros”, ou como preconiza Boaventura Sousa Santos (1995), que seja através dos “espaços estruturais”, ou seja, domestico, do trabalho, do mercado, da comunidade, da cidadania e do espaço mundial, ou então, que é o que aqui se vai ensaiar de seguida, das especializações sociais que articulam formas de organização e interação social, principalmente nas cidades contemporâneas.
Explica ele, que o quadro de complexidade da cultura estudado por ele, torna clara a dificuldade, já anteriormente notada, de se definir uma visão coerente da expressão cultural das cidades, já revelada na precariedade das tentativas de estipular imagens consistentes que as promovam no plano da competitividade em que se encontram atualmente. Portanto, há hoje, uma hibridação ou crioulização das culturas, ou o anunciado o processo de lateralização subordinante ou de resistência de certas expressões culturais identitárias presentes na cidade, estávamos, na verdade, a definir um conjunto de possibilidades abertas pela relação local-global a iniciativas culturais dispersas, cujo sucesso depende em grande parte da capacidade de recombinação e cruzamento de elementos originários dos mais diversos domínios da atividade social, econômica, artística ou cultural num sentido mais estrito.
São nesse sentido de recombinação de elementos que iremos abordar amplamente as competências práticas de agentes determinados, as especialidades compostas de interação social e os modos de intervenção na cidade, deixando, a terminar, algumas questões acerca do lugar do espaço público e da sua eventual revitalização.
A plasticidade da realidade social e a multiplicidade e articulação de campos de ação e de referencias têm originado um sentimento generalizado de ambivalência e multiplicidade de valores e levado alguns analistas a falar em caos do tempo atual. O que está em jogo, nesta perspectiva, é a idéia de excesso de significados dados às coisas e dos lugares que contesta a estratégia modernista de classificação racional. Portanto, a alternativa tem sido a valorização da metáfora da hibridação (cruzamento de espécies diferentes) ou contaminação que assinala o surgimento de categorias compósitas (constituída por mais de um elemento), seja no domínio das identidades dos sujeitos, seja nas expressões artísticas ou literárias, ou nas próprias concepções do tempo e dos espaços. A metáfora da hibridação e da contaminação, cujas origens remotam à biologia do século XIX na visão de (Young, 1994), tem subjacente (subentendido) o principio da mobilidade dos atores envolvidos e da permissividade das fronteiras, bem como da fragilidade das classificações.
Destacamos, entretanto, as zonas de intermediação entre entidades e processos que parecem relevantes para uma reflexão sobre os reajustamentos sociais e culturais decorrentes da globalização e atuantes sobre os modos de organização da cultura urbana e a relação entre espaços públicos e privados.
Portanto, destacamos deste modo, quatro zonas de intermediação: as “terceiras culturas”, as “relações sociais de estranhamento”, a “domesticidade” e o “espaço de proximidade relacional”.
ZONA DE INTERMEDIAÇÃO: TERCEIRAS CULTURAS
Terceiras culturas são como território transnacional (além das fronteiras) de negociação e resolução de problemas surgidos com a globalização e o contacto interculturais. Como exemplo disso, podemos citar os profissionais do direito internacional ou do design, intelectuais e as próprias indústrias culturais de hoje são, em princípio, detentores de competências técnicas e profissionais especificas que lhes permitem viver “entre culturas” e estabelecer comunicação entre si através da retradução dos seus sentidos e significados.
ZONA DE INTERMEDIAÇÃO: RELAÇÕES SOCIAIS DE ESTRANHAMENTO TOLERÂNCIA.
A relação dos cosmopolitas (elementos de vários países, universal, internacional) e profissionais das terceiras culturas com as culturas locais e os seus atores. Apesar da sua tácita relação de mútua sobrevivência, o contacto entre uns e outros não é direto nem intimista. Diríamos mesmo que configura uma relação social de estranhamento. O que melhor caracteriza a relação social de estranhamento e o fato de não corresponder nem à relação típica de interconhecimento nem a de conflito. Daí que seja uma relação inscrita na ambigüidade e, logo, portanto, na indeterminação do seu desenrolar e desfecho.
ZONA DE INTERMEDIAÇÃO 3: DOMESTICIDADE E PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS.
Uma das linhas reequacionamento do lugar do espaço doméstico na estruturação das práticas culturais tem vindo a ser problematizada através do seu confronto com as chamadas práticas de saída, portanto, estas práticas de saídas não podem ser entendidas como práticas vazias de conteúdo e convocar atividades, significados e especialidades dos jovens, na formação de estilos de vida e na mediação de processos identitárias. Em vista da tendência para que a domesticidade reforce e faça cristalizar as hierarquias sociais, relacionadas com as disposições estéticas e os contextos de socialização, portanto, urge a necessidade de políticas culturais e educativas consistentes que promovam a democratização cultural no Sul.
ZONA DE INTERMEDIAÇÃO 4: ESPAÇO SOCIAL DE PROXIMIDADE RELACIONAL
Sobre as falências das designações nominalistas dos espaços, vale à pena enunciar apenas outras duas situações que problematizam o valor heurístico (alegria por um achado ou descoberta) da dicotomia (divisão em dois) público-privado.
A primeira situação dessa dicotomia anuncia o modo como os significados da cidade e da cultura urbana mobilizam o corpo e a capacidade cognitiva e sensorial dos sujeitos, inviabilizando o sentido material das fronteiras entre o que são público e o que é privado. Exemplificando, as chamadas paisagens sonoras, olfativas ou visuais das cidades podem permitir aos sujeitos experimentarem a cena pública urbana a partir do seu mais recatado isolamento, ou, inversamente, podem invadir e intrometer-se no seu espaço pessoal e privado de modo irrestrito.
A segunda situação põe em evidencia o modo como ações materiais concretas podem alterar o significado simbólico dos espaços, interpelando de novo a sua distinção. Exemplificando, o parque ou jardim “público” que é temporariamente ocupado por cerimoniais ou festividades privadas, ou a esplanada que se instala no passeio público, ou o recanto protegido da rua onde o sem-abrigo dorme ou cozinham, da mesma maneira que, ao invés, o centro comercial é acessível a (quase) todos, são situações em que o público é privatizado e o privado se torna público ou quase público.
CONCLUSÃO
Como conclusão, retomamos as idéias de Rousseau e a sua perplexidade sobre o lugar das artes performativas na cultura urbana das pequenas cidades. Ao chegarmos ao fim deste texto, o seu receio parece-nos de grande atualidade por obrigar a refletir sobre o significado das práticas culturais nas cidades contemporâneas, qualquer que seja a sua dimensão. Os efeitos da globalização e do mercado sobre as condições de produção, circulação e consumo dos bens e serviços culturais, ao mesmo tempo em que nos põem perante cenários totalmente diversos daqueles sobre que Rousseau refletia, atualizam a sua preocupação acerca do desvirtuamento das cultuaras Locais e do sentido de lugar de Genebra, feito às mãos dos influentes programas culturais de Paris.
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*Jeorge Luiz Cardozo é mestre em políticas públicas e desenvolvimento local sustentável.
-WAGNER, A “NOVA CABEÇA BRANCA” DA BAHIA
Por Jeorge Cardozo*
Vou começar esse texto com uma pergunta? Então vamos lá. O Governador Jaques Wagner está se achando a “nova cabeça branca” da política baiana, ou está subestimando os seus adversários, ou quer deixar tudo entre família, já que dizem por aí que a filha do governador está a namorar o prefeito almofadinha ACM-Neto, ou quer deixar a Bahia entre amigos, tendo Rui Costa como seu fiel escudeiro, desde as épocas de militância sindical, no Sindiquímica. Posso dizer que o governador embora tenha ganhado duas eleições de forma espetaculares, mas, quando se trata de eleger parceiros, deixa a desejar é só vermos o que aconteceu com Pelegrino. Entendemos que o seu governo tem realizado boas ações, principalmente na área social, estradas, desenvolvimentos locais, mobilidade urbana e etc., e, é duramente criticado nas áreas de segurança pública, educação, saúde (embora tenha inaugurado vários hospitais regionais, que, só resolve, a priori, os problemas emergenciais), ficando devendo, em muito, na área da saúde preventiva, que leva meses para se marcar um simples exame ou uma consulta, quando se trata de especialistas em todas as áreas.
De forma resumida, voltando à questão da sucessão baiana de 2014, podemos dizer que o candidato mais preparado politicamente e tecnicamente dentro dos quadros petistas, é o senador Walter Pinheiro, esse tem um grupo político forte internamente no partido e tem desenvoltura a nível nacional para implementar no estado politicamente e administrativamente. Mais como é comum na política nacional e aqui na Bahia não é diferente, o governador Wagner quer um candidato com perfil mais técnico do que político, ou seja, o indicado administra e ele, Wagner, faz política, olhe Lula com Dilma, por exemplo.
No entanto, no meu entendimento, Wagner está se achando o cara “esse cara sou eu”, ou melhor, dizendo, eu sou o novo “Cabeça branca” da Bahia, eu mando, o PT atende, pois, com Walter Pinheiro, as coisas não seriam bem assim, pois, sendo Ele o governador, obviamente, iria ouvir as experiências do ex., mas, no entanto, só seguir as suas ordens, longe disso, o senador tem personalidade e independência para tal.
Destarte, Wagner continua a subestimar os seus adversários, ao que tudo indica, indicando o nome de Rui Costa que é quase desconhecido das massas, demonstra que a “nova cabeça branca”, está a confiar por demais no seu taco para elegê-lo governador. No entanto, Wagner está esquecendo que a oposição embora “moribunda” está a se recuperar e, saindo unida em torno de um nome com viabilidade eleitoral, poderá incomodar em muito, as pretensões do governador.
Lembramos ainda, da candidatura da também senadora Lídice da Mata, trata-se de uma figura feminina e enigmática na política baiana, que, ao fazer palanque para a dupla Eduardo/Marina ou vice-versa, vai incomodar em muito, as pretensões dos petistas. Portanto, cuidado governador, ponhas as barbas e as madeixas brancas de molho, pois, o bicho não é tão manso como está a imaginar. Quem avisa amigo é.
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-A EDUCAÇÃO ALMEIDENSE FORA DO EIXO, SEGUNDO O IBGE
por Jeorge Cardozo*
O sucesso de toda escola só acontece quando há a participação e a integração de todos os envolvidos no processo educacional: docentes, direção, orientação, pais, alunos, políticos empenhados, e toda a comunidade em geral. Para nortear esses trabalhos faze-se necessário ter objetivos bem claros, políticas públicas definidas e acessíveis, projeto político pedagógico que condiz com a realidade, fundamentação teórica relacionada com a prática (materialismo dialético), pois, ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de rejeição.
"Quando a família dispõe de meios efetivos de participação ativa e regular na vida da escola, gradativamente constrói a consciência de que a escola é um bem público que também é seu"(Aranha, 2004).
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*Jeorge Cardozo é mestre em políticas públicas e desenvolvimento local sustentável.
-LÍDICE ABRE CAMINHO NA SUCESSÃO BAIANA
A senadora Lídice da Mata (PSB) destacou ontem o “estímulo” em torno de sua pré-candidatura e confirmou a busca por parceiros que embalem o projeto rumo ao Palácio de Ondina, nas eleições de 2014. A senadora ratificou a conjuntura citada pelo presidente nacional da sigla socialista e pré-candidato ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, em entrevista a rádio Tudo FM, de que o PSB baiano tem discutido a postulação com a militância partidária e com outros partidos não só em Salvador, como também no interior do Estado.
“O partido está unido nacionalmente e regionalmente em torno de minha candidatura. Estamos conversando com legendas menores que não tem compromisso regional, nem nacional. Mas, temos que esperar um pouco porque fechar coligação leva tempo. Agora é hora de os partidos conversarem e de lançarem suas pré-candidaturas”, disse sem querer citar quais seriam as legendas.
Conforme apurado pela Tribuna, na Bahia podem virar alvos em potencial do PSB, partidos como PMN, PTC, PV e PSC. Os três primeiros não têm aliança estadual. O PSC, apesar de integrar a base do governo, trabalha para sair com uma candidatura alternativa ao Senado, além disso, tem alinhamento programático com a ex-senadora Marina Silva, idealizadora da Rede, que se aliou ao projeto de Eduardo Campos.
Nacionalmente há informações de que o PSB tem conversado com o PV e o PPS. Na Bahia, as perspectivas de uma conversa entre o PSB e os verdes pode também ser viabilizada, porém o PPS tem tendência de caminhar com os partidos de oposição (DEM, PMDB e PSDB). No Estado, o partido já tem como parceiro a Rede.
Recepção para Campos e Marina
Um encontro entre os líderes socialistas baianos e representantes da Rede no Estado está previsto para acontecer no dia 30 em um hotel de Salvador. Segundo um dos líderes da Rede no Estado, Júlio Rocha, o objetivo é discutir questões programáticas com prefeitos, lideranças. “O momento agora é de aproximação entre os dois partidos”. Depois, um grande encontro está previsto para acontecer em dezembro. A senadora Lídice da Mata disse que o partido está se preparando internamente para receber Campos e Marina. “Claro que estamos animados”, afirmou.
Campos informou que deve estar em solo baiano com a aliada entre os dias 15 a 20. A conjunção entre o PSB e a Rede ficou conhecida como um dos movimentos que mais surpreenderam o cenário da política no País este ano.
O clima de animação em torno do projeto de Lídice foi enfatizado por outra liderança do partido, o secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli. “A pré-candidatura de Lídice já é uma questão acertada dentro do partido e já conversada com o governador Jaques Wagner (PT). Estamos em fase de arrumação pré-liminar, mas estamos bem com muitas adesões individuais a candidatura de Lídice”, frisou. Ele pretende sair do governo em dezembro, com todos os demais membros do PSB.
Secretário estadual da sigla, Rodrigo Hittar destacou que as afirmações do governador pernambucano estão em “consonância” com o PSB em âmbito estadual. “Todos têm se reunido, discutindo planejamento de ações, viagens e encontros”, disse. Segundo ele, a senadora “está à vontade” com o projeto de candidatura ao governo baiano.
- AGREGAR VALORES ESPIRITUAIS ELEVA A MENTE
por Jeorge Cardozo*
É importante em nossas vidas, se cultivar valores espirituais. A questão é: será que aplicamos nas nossas práticas diárias as coisas que pregamos? É chegado o momento de exercitarmos todas as nossas sabedorias de vida nas nossas práticas diárias. Vamos vermos o que apredemos nestes últimos anos!
A vida está sempre nos testando, averiguando se o que defendemos e pregamos são apenas teorias bonitas ou se há uma base interior mais profunads nas coisas que pregamos, seja espiritual, material, moral, ética ou política. Perceberemos que algumas coisas são mais fáceis de pregarmos do que de fazermos, mesmo assim elas valem os nossos esforços.
Enfim, procurem fazer algo pelo amor à aquilo que pensas, não para satisfazer qualquer necessidade trivial, pois, assim, construimos um muito com menos lutas, mentiras, invejas, hipocrisisas, etc. e mais luar.
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*Jeorge Cardozo é mestre em políticas públicas e desenvolvimento local sustentável.
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