Por Jeorge Cardozo
Ao estudar política, procuramos
entender os elementos essenciais do fundamento de que faz um parlamentar,
deputado ou senador e encontrar repostas a questões como estas:
. Por que os políticos dizem uma
coisa durante a campanha e quando eleitos, fazem tudo diferentemente?
. Por que as pessoas são
passiveis de serem enganadas por parte desses políticos?
. Por que existem tantas
desigualdades nas disputas políticas?
. Por que os povos, mesmo parte
dos letrados, não conseguem entender os dois projetos políticos em disputas?
. Quais são os direitos e o que
significa cidadania?
A ciência política nos ajuda a
entender melhor essas e outras questões que envolvem esse mundo, sejam elas de
caráter individual ou coletivo, sejam, ainda, relativas à política à qual pertencemos
ou a todas as sociedades. O fundamental da ciência política, porém, é nos
fornecer conceitos e outras ferramentas para analisar as interrogações
explicitadas acima de modo sistemático e consistente.
A ciência política contribui
ainda para desenvolver nossa imaginação, isto é, nossa capacidade de analisar experiências
cotidianas e estabelecer relações entre elas e situações mais amplas que nos
aflige, mas que também podem explicar o que acontece na práxis política.
A ciência política nos ajuda
ainda a entender de modo independente e sistemático, oferecendo instrumentos
para analisar as decisões e implicações advindas delas, as negociatas, as
contradições e os interesses escusos permeados nas maiorias das decisões e
arranjos. Por meio da análise e do questionamento, percebemos o que os meios de
comunicação ocultam e distorce as informações e os fatos políticos.
A ciência política, quando se
coloca numa posição critica, incomoda muito, porque, como outras ciências humanas,
revela aspectos da política, como os interrogados acima, geralmente ocultados
por parte da classe dominante política e economicamente. Se esses indivíduos e
grupos procuram impedir que determinados atos e ações política fossem
conhecidos do povo, de alguma forma o esclarecimento de tais fatos pode perturbar
seus interesses ou mesmo concepções, explicações e convicções.
Partindo para a nossa práxis política
cotidiana, tendo como principio a introdução acima, vejo-me compelido em
interrogar também, as prioridades do Senado Federal para esse primeiro
semestre, tendo como pauta prioritária delineada pelo seu presidente Renan
Calheiros a regulamentação da terceirização de mão de obra, dá autonomia ao
Banco Central e o que sobriga a Petrobrás de ser a operadora única do pré-sal,
pauta eminentemente de caráter neoliberal e de nenhum interesse da maior parte
da população e incoerentes com o momento de crise que afeta o Brasil e o mundo.
De certo, a pauta para esse
semestre deveria centrar na recuperação do crescimento econômico, com a
proteção do emprego e com o fim da crise política que tem prejudicado mais até
do que a própria crise econômica. Esses parlamentares se elegem com o voto de
todos e legislam para meia dúzia de grandes capitalistas. Protegidos pela ignorância
política e da memória curta do eleitor
brasileiro, eles, esses parlamentares se aproveitam para fazer aquilo que beneficia
os seus financiadores de campanhas em detrimento daqueles que vota e os elegem.
Portanto, enquanto o eleitor não
fizer uma analise profunda do que é a política e sua práxis, construiremos
políticos com prisma deformado, onde os interesses escusos tomam lugar, mais
achacadores na política do que cidadão de bens.
Veja mais em: http://blogdocardozo3333.blogspot.com/sustentabilidadeemrede
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