domingo, 14 de fevereiro de 2016

-EM CRISE E QUE PAUTA É ESSA?


Por Jeorge Cardozo

Ao estudar política, procuramos entender os elementos essenciais do fundamento de que faz um parlamentar, deputado ou senador e encontrar repostas a questões como estas:

. Por que os políticos dizem uma coisa durante a campanha e quando eleitos, fazem tudo diferentemente?
. Por que as pessoas são passiveis de serem enganadas por parte desses políticos?

. Por que existem tantas desigualdades nas disputas políticas?

. Por que os povos, mesmo parte dos letrados, não conseguem entender os dois projetos políticos em disputas?

. Quais são os direitos e o que significa cidadania?

A ciência política nos ajuda a entender melhor essas e outras questões que envolvem esse mundo, sejam elas de caráter individual ou coletivo, sejam, ainda, relativas à política à qual pertencemos ou a todas as sociedades. O fundamental da ciência política, porém, é nos fornecer conceitos e outras ferramentas para analisar as interrogações explicitadas acima de modo sistemático e consistente.

A ciência política contribui ainda para desenvolver nossa imaginação, isto é, nossa capacidade de analisar experiências cotidianas e estabelecer relações entre elas e situações mais amplas que nos aflige, mas que também podem explicar o que acontece na práxis política.

A ciência política nos ajuda ainda a entender de modo independente e sistemático, oferecendo instrumentos para analisar as decisões e implicações advindas delas, as negociatas, as contradições e os interesses escusos permeados nas maiorias das decisões e arranjos. Por meio da análise e do questionamento, percebemos o que os meios de comunicação ocultam e distorce as informações e os fatos políticos.

A ciência política, quando se coloca numa posição critica, incomoda muito, porque, como outras ciências humanas, revela aspectos da política, como os interrogados acima, geralmente ocultados por parte da classe dominante política e economicamente. Se esses indivíduos e grupos procuram impedir que determinados atos e ações política fossem conhecidos do povo, de alguma forma o esclarecimento de tais fatos pode perturbar seus interesses ou mesmo concepções, explicações e convicções.

Partindo para a nossa práxis política cotidiana, tendo como principio a introdução acima, vejo-me compelido em interrogar também, as prioridades do Senado Federal para esse primeiro semestre, tendo como pauta prioritária delineada pelo seu presidente Renan Calheiros a regulamentação da terceirização de mão de obra, dá autonomia ao Banco Central e o que sobriga a Petrobrás de ser a operadora única do pré-sal, pauta eminentemente de caráter neoliberal e de nenhum interesse da maior parte da população e incoerentes com o momento de crise que afeta o Brasil e o mundo.

De certo, a pauta para esse semestre deveria centrar na recuperação do crescimento econômico, com a proteção do emprego e com o fim da crise política que tem prejudicado mais até do que a própria crise econômica. Esses parlamentares se elegem com o voto de todos e legislam para meia dúzia de grandes capitalistas. Protegidos pela ignorância política e  da memória curta do eleitor brasileiro, eles, esses parlamentares se aproveitam para fazer aquilo que beneficia os seus financiadores de campanhas em detrimento daqueles que vota e os elegem.

Portanto, enquanto o eleitor não fizer uma analise profunda do que é a política e sua práxis, construiremos políticos com prisma deformado, onde os interesses escusos tomam lugar, mais achacadores na política do que cidadão de bens.

Veja mais em: http://blogdocardozo3333.blogspot.com/sustentabilidadeemrede



Nenhum comentário:

Postar um comentário