domingo, 7 de agosto de 2016

-AO EXCENLENTÍSSMO JUIZ SÉRGIO MORO

Por Jeorge Cardozo
Excelentíssimo senhor Juiz Sérgio Moro, eu enquanto cidadão, pagador de impostos, impostos esses, que são utilizados, entre outras coisas, para pagar o seu gordo salário, merecedor ou não, não vou entrar no mérito e com certo conhecimento das leis, venho a público questioná-lo a cerca do modo parcial como tem conduzido as investigações na “Operação Lava-jato”.
É de fato e de direito que a luz da lei é para todos, mas, o que presenciamos é uma covarde perseguição ao PT e ao ex. presidente Lula. Perseguem o Lula por causa de um misero apartamento do “minha casa minha vida” e por um misero sitio em Atibaia que, a priori, não se tem prova concreta que a ele pertença e se ainda o pertença, perto do que quase todos os políticos têm roubado desde o surgimento da república é “peixe pequeno”. Não pense que sou a favor de qualquer ato ilícito na política ou na gestão pública, o que questiono é a perseguição implacável imposta a esses indivíduos ligados ao PT e outros corruptos tão mais perigosos infiltrados na política e gestão pública, têm a mão passada na cabeça.
Vejamos o caso da compra da reeleição de FCH e de suas privatizações, nunca vir a excelência tocar no assunto, Renan Calheiros, Romero Jucá, Waldir Raup, Eduardo Cunha, Sarney e família, Aécio, Alkmin, Temer, entre outros, tem acusações gravíssima de desvio e de obstrução a justiça e até hoje nada foi feito de concreto e eles continuam aí, inclusive, planejando e executando golpe, ou esse “circo” com nome de impedimento é o que?
Temos no supremo um magistrado declaradamente, simpatizante do PSDB, dando opinião a favor de golpe, como se nada fosse. Membros do supremo são pra julgar aquilo que a lei lhe permite e não para tá dando sua opinião como cidadão comum, que não o é.
Vossa excelência poderia, de fato, ser o nome da legalidade, se se portasse como tal, se mandasse pra prisão todos os corruptos que assola a res pública, elogio-o pelo fato de ter mandado pra prisões grandes empresários e empreiteiros, mas, destarte, comete ilegalidade quando fica empenhado simplesmente em destruir o PT e o Lula, agindo de forma parcial sobre os demais.  
É fato também senhor juiz que a república desde seu surgimento, assim como a famigerada democracia burguesa é contaminada por corrupção e com esse sistema corrompido é impossível governar, vossa excelência bem o sabe: esse “Centrão” aí no congresso é o que, senão uma gangue de chantagistas, corruptos, falsos moralistas e golpistas? Gostaria muito que vossa excelência se candidatasse a presidência e ganhasse pra ver, se conseguiria governar sem “negociar” com esse bando. Tá tudo errado; modelo educacional, sistema político, judiciário, partidário, financiamento e propaganda eleitoral, eleitores viciados e não sabe distinguir nenhum modelo político, pra eles, todos são iguais e aí escolhem os piores, dentro dessa máxima.
Ainda assim excelência, o Lula e o PT, com todos os seus erros, foi e o é, no nosso curta republica, o que melhor fez, é só olhar os dados que vou lhe dar abaixo. Entendo, que ao dar o mínimo que as classes marginalizadas precisavam, levantou a ira da elite e setores médios da sociedade que, acostumados a ter tudo, em detrimento dos marginalizados, se pactuaram para planejar e executar o golpe e tentar destruírem o legado positivo desse governo. E, é aí, que vossa excelência parece entrar, esquece, pelo que sei ser também, no seu passado, de classe média baixa, assim como o sou, e tem compactuado com essa falta de coerência nas suas ações, enquanto homem da lei, ou deveria ser.

O Lula foi o único líder político brasileiro a obter índice de aprovação que chegaram a inéditos 76%, com apenas 4% de rejeição.
“De fato, o operário Luiz Inácio Lula da Silva, o 35° presidente do Brasil, tornou-se o mais popular político brasileiro de todos os tempos.
Ao longo dos dois mandatos que exerceu, recebeu quase 300 condecorações, dentro e fora do País. O seu maior legado para a História reside na demonstração de como é possível superar as adversidades de uma origem humílima e alcançar as alturas.

São várias as singularidades de sua rocambolesca biografia. Uma delas é o absoluto recorde brasileiro de 5 candidaturas à presidência da República, em que perdeu as três primeiras (1989, 1994 e 1998) e venceu as duas últimas (2002 e 2006). A segunda é ser o primeiro presidente do Brasil nascido em Pernambuco. A terceira é a de ser o único presidente sem curso superior. A quarta é haver terminado o governo com índices recordes de popularidade. A quinta é a de ter feito sua sucessora depois de governar oito anos seguidos, com a marcante singularidade adicional de nunca haver ela, Dilma Rousseff, exercido qualquer função conquistada pelo voto popular. A sexta é a de haver liderado, entre os brasileiros, nas listas das personalidades  mais influentes do mundo. Segundo a revista americana Newsweek, Lula foi, em 2008, a 18ª pessoa mais poderosa, caindo para o 33° lugar, em 2009, de acordo com a revista Forbes, aparecendo Barack Obama, em ambas as listas, em 1° lugar. A sétima peculiaridade foi ser considerado pelo jornal francês Le Monde e pelo espanhol El País, o Homem do Ano, em 2009. O jornal inglês Financial Times incluiu-o entre as 50 pessoas que moldaram a primeira década do terceiro milênio, pelo seu charme e habilidade política, enquanto o Instituto Datafolha apurou que ele foi considerado a mais confiável entre 27 personalidades pesquisadas, no início de 2010, tendo recebido no Forum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o prêmio, pela primeira vez concedida, como Estadista Global, pela sua atuação para redistribuir renda, reduzir a pobreza e preservar o meio ambiente, com reflexos mundiais. Enquanto isso, o jornal israelenseHaaretz declarou em março de 2010 que Lula era “o profeta do diálogo”, por suas mediações para promover a paz no Oriente Médio, e a revista Time, em abril de 2010, situou-o como um dos 25 líderes mais influentes do mundo. A ONU, por sua vez, condecorou-o como o Campeão Mundial na Luta Contra a Fome e a Desnutrição Infantil. Barack Obama coroou o seu prestígio, ao dizer numa reunião do G20: “Lula é o cara. É o político mais popular do mundo”. Tudo isso levava a crer que pudesse ganhar o Nobel da Paz, edição 2011, o que não ocorreu. E a maior de todas as singularidades, esta de caráter universal: “nunca antes na história desse país”, para não dizer do mundo, alguém chegou tão longe a partir de tão modesta origem. Durante a cerimônia de sua diplomação como Presidente, no primeiro mandato, disse: “E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país.”
Com a crise do Mensalão, em meados de 2005, o prestígio de Lula quase foi à lona. Sua recuperação resultou da demissão do chefe da Casa Civil José Dirceu e dos ministros Luiz Gushiken e Benedita da Silva, acusados de corrupção. O corporativismo do Poder Legislativo, ao negar-se a punir alguns dos seus membros, comprovadamente envolvidos no mesmo esquema de corrupção, ensejou a Lula desviar para o Congresso parcela substancial da responsabilidade a ele atribuída no escandaloso episódio. Foi um golpe de mestre. Lula conseguiu passar para a opinião pública dois entendimentos fundamentais: o primeiro é que ele não tinha qualquer conhecimento daqueles mal-feitos, conquanto o deputado Roberto Jeferson e o governador de Goiás Marcondes Perilo hajam reiteradamente declarado que advertiram o presidente da existência de mesadas regulares para assegurar o voto de parlamentares; o segundo seria que, no Brasil, dar dinheiro a parlamentar, para financiar suas eleições, era prática consuetudinária. A manobra funcionou tão bem que já em janeiro de 2006, Lula deu início à sua popularidade ascendente, culminando com a conquista de um segundo mandato presidencial. Lula dava início a um novo período de sua vida: o da impermeabilidade. Nada, absolutamente, nada mancharia sua reputação inoxidável, nem dentro, nem fora do Brasil”.

A parte entre aspas é de autoria de Joaci Góes, jornalista e empresário, filiado ao PSDB/BA, com grifo nosso.

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