quarta-feira, 2 de agosto de 2017

CRÔNICAS DA POLITICAGEM!


Por Jeorge Cardozo

Vivemos momentos de perplexidade em face do momento politico vivenciado em nosso país. De um lado, o PT com seu paradigma social liberal que, ainda que setores da classe médio-alta, hoje em dia, não queiram reconhecer os dividendos que, outrora beneficiou esses setores com as políticas públicas, em especial na educação, que, a priori, levou esses setores a se aprofundar nos graus mais elevados, mestrado e doutorado; sem se falar na graduação, essa, chegou também às classes C e D que, naquele momento, não atrapalhava as pretensões da classe médio-alta, pelo fato de, essas não serem atingidas, até então, pela grande crise do capital mundial, iniciada nos Estados Unidos, chegando a Europa, Ásia, até chegar à América Latina.

Tendo acesso ao conhecimento, ao mercado de trabalho e ao consumo, esses setores mais abastados e formadores de opiniões, embora incomodados com os avanços, que chegaram também as classes C e D, que, também tiveram acesso ao ensino superior, especialmente, à graduação e a especialização. Mas, com o agravamento da crise e a consequente perda aquisitiva e acirramento competitivo do mercado de trabalho, a classe médio-alta, em especial, se viu decaindo o seu padrão de consumo e emprego, tornou-se ativa no sentido de críticas as políticas públicas de inclusão das classes C e D, chegando também a E, incentivando a volta do conservadorismo, em especial, advindo das religiões protestantes e de grupos neofacistas presentes em vários setores, influenciando, inclusive, jovens das classes C e D. Destarte, a classe E, essa até então, marginalizadas, foi beneficiadas com os programas sociais, como a Bolsa Família, moradia popular e demais políticas públicas, advinda do modelo Kerneisiano, presentes nos governos petistas de Lula e Dilma.

É fato também, que essas políticas públicas do estado de bem estar social kerneisiano, ajudou em muito, a tirar o país de um modelo altamente concentrador de rendas e benesses para pouco, para um país em melhoramento nos índices sociais, refletindo no mundo todo.

Destarte, com a chegada da crise em um momento crucial, período eleitoral, tendo o governo da então presidente Dilma, ser compelido a omitir dados da crise para não perder a reeleição, despertou os interesses golpistas de uma oposição ávida para retornar ao governo e tendo sido derrotada nas urnas, essa, a oposição, tendo em Aécio Neves e Temer os seus ícones, entre outros, se aproveitaram do momento, beneficiados pelo momento de perda de poder aquisitivo da classe médio-alta, incentivou-a irem para as ruas, juntou a tudo isso, os avanços das investigações da “Operação Lava-jato”, para desgastar ainda mais o governo petista e preparar o golpe parlamentar.

É fato também, que grande parte dos que preconizaram o golpe parlamentar, eram até então, falsos aliados dos governos petistas que, depois de três derrotas nas urnas, deixou o modelo socialista de lado e passou a defender o modelo social liberal kerneisiano, ou seja, não mexer no macro economia, essa continuou nas mãos dos grandes empresários dos setores industriais, agronegócio e banqueiros e implementou políticas sociais, pagas com altos impostos pela classe médio-alta, beneficiando as classes D e E.

O resultado de tudo isso, foi o acirramento, com o aumento da crise, as diferenças entre as classes. A alta burguesia, essa continua imune aos altos impostos, à perda de poder aquisitivo das classes pormenores, em especial, a média que, elegeu as classes D e E como responsáveis, distribuindo o ódio, o preconceito, apoiando o golpe parlamentar e se aproximando de políticos e religiões conservadoras e oportunistas, como o deputado neofascista JAIR BOLSONARO.

Por outro lado, vemos um judiciário omisso, perseguindo os “supostos inimigos”, na luta de classe e privilegiando outros, quando se esperava que estivessem do lado da lei para todos, que não é o caso. Vemos membros da mais alta corte, STF opinar e proteger políticos corruptos, como cidadão comum os fosse. Mas, esperar o quê de membros da corte maior, indicados por esses mesmos políticos corruptos e com relações promiscuas com os mesmos!

Por fim, vemos hoje em dia, quase todos os partidos políticos, com raras exceções de PSOL, PCB, PSTU e PCO, os demais todos envolvidos em corrupções passiva, ativa, crimes comuns, financiamentos escusos de campanhas e todos os tipos de relações promiscuas não republicanas. Fato esse, comum na nova republica, lembrando que, os líderes desse antro, vem do regime militar pós 64, como os senhores Sarney e família, Jader Barbalho, Collor, Maluf, Calheiros, Newton Cardoso e família, ACM e família que fizeram escola e deixaram ramificações até os dias atuais.

Uma reforma política seria, feita por pessoas serias, coerentes e com um pouco de ética, poderia nos dar novos rumos. No entanto, a reforma política que está sendo delineada por esses mesmos que hoje lapidam a rés pública, imorais, corruptos, canalhas e todos os tipos de adjetivos pejorativos, só vai manter os status quo deles e nada mudará, é só ver a tal lista partidária, proposta pelos líderes dos partidos achacadores e com simpatia até de setores da esquerda famigerada. Financiamento público de campanha já, pois, assim, todos os setores da sociedade poderão ter a chance de se elegerem e de se ter igualdade nas relações republicanas e na política, do contrario, haverá sempre a concentração de poder nas mãos das elites, dos corruptos em detrimento da maioria da população. E o povo, esse, o povo, não consegue enxergar de fato, no mundo político e econômico do país, o que de fato acontece. Portanto, em 2018, muito provavelmente, reelegerão os mesmos que lá estão e o ciclo de corrupção e canalhice continuará.




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