Por Jeorge Cardozo*
QUEM É BOLSONARO
O perfil dos eleitores (as) do
pré-candidato a presidência da república Jair Bolsonaro, candidato, diga-se de
passagem, cara velha na política nacional, foi vereador e está deputado federal
por mais de 25 anos, tendo botando toda a família em cargos eletivos, além das
acusações, anda e volta de favorecimento de parentes, com passagem por quase
todos os partidos da direita, em especial os que se definem como “centrão”,
como PMDB, DEM, PSD, PP, PR, PSC e agora, no PSL. Todos envolvidos até a alma em
diversos tipos de processos, seja por corrupção ativa e passiva, seja por crime
comum, tipificados no Código Penal. Durante esses longos períodos na política,
nunca teve um Projeto de Lei aprovado, embora tenha apresentadas umas centenas,
todos eles foram reprovados por vícios de constitucionalidade ou por irem de
encontros aos preceitos da democracia.
PERFIL DOS ELEITORES DE BOLSONARO
Hoje, o Bolsonaro detém cerca de
10 a 15 % do eleitorado que, a priori, se caracterizam como católicos conservadores,
protestantes conservadores, militares conservadores de baixo-médio escalão,
setores da segurança pública conservadores, jovens, em sua maioria,
profissionais liberais, micros empresários, oriundos de faculdades particulares
pequenas e médias, não gostam de leituras, seus conhecimentos de economia e políticas
são advindos de grupos de internet e, durante os governos de Lula e Dilma,
tiveram acesso ao ensino superior técnico em pequenas e médias faculdades
presencial ou a distancia, que, com o aprofundamento da crise econômica delineada
pela inflexão do capitalismo, perderam empregos, acesso ao consumo e viram-se
retroagindo para as classes C e D. Por não terem um conhecimento mais
aprofundado das nuances econômica e politica, desconhecem, em sua maioria, os
conceitos mais aprofundados de estrutura, infraestrutura e superestrutura e os
seus reflexos na visão de mundo, bem como de classe. Esses setores começaram a
procurar um “bode expiatório”, elegendo a esquerda, do ponto de vista político,
como responsável pela crise e os setores “marginalizados” da sociedade como:
sem tetos, sem terra, oriundos da Bolsa Família, grupos LGBT, indígenas, “favelados”,
pobres e etc., como alvo de sua ira.
Como foi descrito acima, esses
setores, por total desconhecimento de História, sociologia, luta de classe,
estrutura, infraestrutura, superestrutura e tendo acesso aos mais diversos
grupos de mídia, que, no mundo todo, espalham uma visão de mundo antiga, mas,
que depois do fim da segunda grande guerra e, consequentemente, com as mortes
de Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e outros, tiveram suas ideias
Nazifascistas combatidas em todo o mundo, mas, nos últimos anos, com mais uma
crise cítrica do capitalismo, começada no berço atual do mundo capitalista,
Estados Unidos e se espalhando mundo afora e chegando por último, no Brasil,
sendo aproveitada por setores derrotados pelo PT, nos últimos pleitos
eleitorais, derrubaram o governo Dilma e com as famigeradas pautas “bombas”,
aprofundaram ainda mais a crise, levando esses setores a buscaram no “colo da viúva
ideia neo-nazifascista”, subsidio para espalhar um retrocesso na famigerada
democracia burguesa e de aprofundamento das tensões classista, homofobia, visão
retrograda sobre a mulher, preconceito, ódio, intolerância e etc.
O USO DAS REDES SOCIAIS PARA DISSEMINAR IDEIAS CONSERVADORAS DE EXTREMA
DIREITA
Destarte, aparece esse Jair
Bolsonaro, juntamente com setores conservadores das igrejas, da segurança
pública e oportunistas de plantão, se aproveitaram da chance de se promoveram
politicamente, usaram de forma irresponsável, hipócrita, cretina das redes
sociais e da internet como um todo, para espalhar, de novo, essas ideias,
atingindo, em cheio, esses setores que, a muito, já vinham insatisfeitos e com
a crise, aprofundaram ainda mais esse abismo e o aumento desenfreando da violência
por todos os lados, tanto do lado da marginalidade, como do lado dos setores de
segurança que, na sua maioria, despreparados, com salários, planos de carreiras
e tudo mais defasados, tornando-se alvo fácil para essas ideias e para esses
setores aproveitadores das religiões e da política.
ANALISE FINAL
Lembro
que essas analisem são puramente do campo empírico, pois, por ser um fenômeno contemporâneo,
não requeremos de maiores produção para referenciarmos com outras fontes
atualizadas. Portanto, busquei e tirei essas analisem das minhas vivências como
professor, militante, agente na área de segurança, estudos e analises dos
perfis desses eleitores nas redes sociais e na convivência e debate de ideias
com esses segmentos enfim...
Jeorge Cardozo é professor, funcionário
público, graduado em filosofia e mestre em políticas públicas e desenvolvimento
local sustentável.