quinta-feira, 22 de março de 2018

-O PERFIL DOS ELEITORES (AS) DE JAIR BOLSONARO!



Por Jeorge Cardozo*

QUEM É BOLSONARO

O perfil dos eleitores (as) do pré-candidato a presidência da república Jair Bolsonaro, candidato, diga-se de passagem, cara velha na política nacional, foi vereador e está deputado federal por mais de 25 anos, tendo botando toda a família em cargos eletivos, além das acusações, anda e volta de favorecimento de parentes, com passagem por quase todos os partidos da direita, em especial os que se definem como “centrão”, como PMDB, DEM, PSD, PP, PR, PSC e agora, no PSL. Todos envolvidos até a alma em diversos tipos de processos, seja por corrupção ativa e passiva, seja por crime comum, tipificados no Código Penal. Durante esses longos períodos na política, nunca teve um Projeto de Lei aprovado, embora tenha apresentadas umas centenas, todos eles foram reprovados por vícios de constitucionalidade ou por irem de encontros aos preceitos da democracia.

PERFIL DOS ELEITORES DE BOLSONARO

Hoje, o Bolsonaro detém cerca de 10 a 15 % do eleitorado que, a priori, se caracterizam como católicos conservadores, protestantes conservadores, militares conservadores de baixo-médio escalão, setores da segurança pública conservadores, jovens, em sua maioria, profissionais liberais, micros empresários, oriundos de faculdades particulares pequenas e médias, não gostam de leituras, seus conhecimentos de economia e políticas são advindos de grupos de internet e, durante os governos de Lula e Dilma, tiveram acesso ao ensino superior técnico em pequenas e médias faculdades presencial ou a distancia, que, com o aprofundamento da crise econômica delineada pela inflexão do capitalismo, perderam empregos, acesso ao consumo e viram-se retroagindo para as classes C e D. Por não terem um conhecimento mais aprofundado das nuances econômica e politica, desconhecem, em sua maioria, os conceitos mais aprofundados de estrutura, infraestrutura e superestrutura e os seus reflexos na visão de mundo, bem como de classe. Esses setores começaram a procurar um “bode expiatório”, elegendo a esquerda, do ponto de vista político, como responsável pela crise e os setores “marginalizados” da sociedade como: sem tetos, sem terra, oriundos da Bolsa Família, grupos LGBT, indígenas, “favelados”, pobres e etc., como alvo de sua ira.

Como foi descrito acima, esses setores, por total desconhecimento de História, sociologia, luta de classe, estrutura, infraestrutura, superestrutura e tendo acesso aos mais diversos grupos de mídia, que, no mundo todo, espalham uma visão de mundo antiga, mas, que depois do fim da segunda grande guerra e, consequentemente, com as mortes de Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e outros, tiveram suas ideias Nazifascistas combatidas em todo o mundo, mas, nos últimos anos, com mais uma crise cítrica do capitalismo, começada no berço atual do mundo capitalista, Estados Unidos e se espalhando mundo afora e chegando por último, no Brasil, sendo aproveitada por setores derrotados pelo PT, nos últimos pleitos eleitorais, derrubaram o governo Dilma e com as famigeradas pautas “bombas”, aprofundaram ainda mais a crise, levando esses setores a buscaram no “colo da viúva ideia neo-nazifascista”, subsidio para espalhar um retrocesso na famigerada democracia burguesa e de aprofundamento das tensões classista, homofobia, visão retrograda sobre a mulher, preconceito, ódio, intolerância e etc.

O USO DAS REDES SOCIAIS PARA DISSEMINAR IDEIAS CONSERVADORAS DE EXTREMA DIREITA

Destarte, aparece esse Jair Bolsonaro, juntamente com setores conservadores das igrejas, da segurança pública e oportunistas de plantão, se aproveitaram da chance de se promoveram politicamente, usaram de forma irresponsável, hipócrita, cretina das redes sociais e da internet como um todo, para espalhar, de novo, essas ideias, atingindo, em cheio, esses setores que, a muito, já vinham insatisfeitos e com a crise, aprofundaram ainda mais esse abismo e o aumento desenfreando da violência por todos os lados, tanto do lado da marginalidade, como do lado dos setores de segurança que, na sua maioria, despreparados, com salários, planos de carreiras e tudo mais defasados, tornando-se alvo fácil para essas ideias e para esses setores aproveitadores das religiões e da política.

ANALISE FINAL

Lembro que essas analisem são puramente do campo empírico, pois, por ser um fenômeno contemporâneo, não requeremos de maiores produção para referenciarmos com outras fontes atualizadas. Portanto, busquei e tirei essas analisem das minhas vivências como professor, militante, agente na área de segurança, estudos e analises dos perfis desses eleitores nas redes sociais e na convivência e debate de ideias com esses segmentos enfim...
Jeorge Cardozo é professor, funcionário público, graduado em filosofia e mestre em políticas públicas e desenvolvimento local sustentável.

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