quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

-QUE EM 2016!

por Jeorge Cardozo

Que você se desligue do que está fora
E olhe pra dentro
E descubra quem você é
E que, do dia primeiro de janeiro em diante,
Você consiga, a cada passo,
Decidir e escolher
Ser você.
E construir a vida que é sua.
E que nessa vida...
Expressão cada vez mais
Perfeita de quem você é,
Você seja prosperidade, amor, saúde e talentos.
Que você seja paz.
Que você seja alegria.
E tristeza também.
Que você integre tudo isso.
E seja autêntico
2016 seja o ano de ser você.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

-NÃO TEMER O USO DO PRÓPRIO PODER NO ANO NOVO QUE SE APROXIMA

por Jeorge Cardozo

Vivemos numa sociedade que nos leva a sentir culpa quando assumimos as rédeas do nosso destino, quando assumimos o uso do poder. Todavia, existem circunstâncias em que não podemos ser tão “bonzinhos” assim, em que precisamos – devemos! – assumir uma postura de maior competição e desejo pelo poder sobre as coisas do mundo. O ano novo que se aproxima, trás novos ventos para sua vida, chama a atenção para a importância do cultivo do magnetismo pessoal para conquistar coisas no mundo material ou até espiritual, caso você acredite. Não tenha pudores de fazer valer sua força interior quando sentir que é devido. Cuidado, apenas, para não se deixar levar por emoções extremas demais e ambições que prejudique você ou o outro. Tenha fé no que virá, pois, assim, você ajudará a construir um mundo com menos luta e mais luar para você e para o próximo.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

-MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO PARA TODOS OS MEUS AMIGOS!

por Jeorge Cardozo

"Não é necessário que todos examine cada uma opinião a cerca do mito que cerca o natal em particular, o que seria um trabalho infinito; mas, visto que a ruína dos alicerces carrega necessariamente consigo todo o resto do edifício, assim como em nossa vida, devemos nos dedicar inicialmente aos princípios sobre os quais todas as nossas opiniões antigas estavam apoiadas para ver, ao final, o que resta de verossímil em todas as nossas ações até aqui, para construir nossa vida com sucesso e vitória".
Em 2016 fé no que virá!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

-VOCÊ PRECISA SABER DA VERDADE!

Por Jeorge Cardozo

Tem uma máxima na filosofia que diz: “o espanto nos leva ao conhecimento”. O que quero dizer com isso, antes de querer um o impeachment de alguém, no caso da presidente Dilma, se faz necessário dizer quais os interesses escusos por trás dos interessados. Na verdade, os que hoje pedem o impeachment são os derrotados nas urnas e os responsáveis diretos por todos os atos de corrupção que historicamente assola o Brasil.

Eles não estão satisfeito com Dilma por causa da crise econômica não que, diga de passagem, não foi ela quem fez, a crise é uma crise do capitalismo, principalmente do capitalismo especulativo que não gera emprego e nem renda para a população, pelo contrário, são parasitas daqueles que trabalham. 

Destarte, está à direita conservadora, entranhada principalmente por falsos religiosos que, a serviço da corrupção e do enriquecimento ilícitos e do discurso hipócrita encoberto por trás da religião, apregoa ideias reacionárias e contrarias aos avanços, tanto nas ciências, como na vida familiar; ainda tem também os derrotados nas urnas no pleito passado que, não reconhecem as suas derrotas; tem a classe média que, com o advento da crise, tem pagado um preço maior; entenda: a classe média foi a maior beneficiada nos 12 primeiros anos de governo do PT, ganhou muitas universidades públicas, aumentou o padrão de compras e pôde usufruir de carros, até importados. No entanto, com a chegada da crise, tendo em vista que a alta burguesia dona dos meios de produção e dos bancos e com presença importante nos financiamentos de campanhas, não foi incomodada pelo governo, bem como, até aqui, os beneficiados da bolsa família que foram protegidos pelo governo, trazendo a ira da classe média, que quer de todas as formas que o “miserável” pague a conta pra ela, à classe média e a  alta burguesia continue a comprar e manter o seu padrão de vida; por último, temos os políticos e empresários corruptos que não estão nada satisfeitos com a liberdade dada pelo governo Dilma a Polícia Federal para investigar a todos, inclusive membros do partido dela o PT, todos estão sendo investigados e presos, sem exceção desde os inimigos e até os aliados, como tem de ser.

Qual a prova que eles têm contra Dilma, a não ser o ódio pelo fato de ter uma mulher no governo e pela primeira vez, nesses 500 anos de existência do Brasil, os “pobres” serem beneficiados com algumas “migalhas” que, ainda assim, os detentores de poder não aceitam e mentem descaradamente, com apoio da mídia burguesa, espalham ideologias falsas e dizem que a crise que está aí é uma crise do PT, quando na verdade, é uma crise não só do PT, mas, deles e querem que o povo pague sozinho.

“Do ponto de vista jurídico preconiza que a presunção de não culpabilidade trata, mais do que de uma garantia, de um direito substantivo. Direito material que tem por conteúdo a presunção de não culpabilidade. Esse o bem jurídico substantivamente tutelado pela Constituição; ou seja, a presunção de não culpabilidade como o próprio conteúdo de um direito substantivo de matriz constitucional. Logo, o direito á presunção de não culpabilidade é situação jurídica ativa ainda mais densa ou de mais forte carga protetiva do que a simples presunção de inocência.”

Não tenho nenhuma procuração da presidente para defendê-la, mas, no exercício da minha cidadania e da minha indignação do que está pra acontecer, um golpe sujo, contra um governo legitimo, não pode ser aceito dentro de um regime democrático, onde as instituições estão todas em funcionamento. Fala-se em “pedaladas fiscais”, mais o que seria as peladas ficais feitas pela Dilma e feitas por todos os outros governos, inclusive por FHC do PSDB/DEM? Dilma fez para pagar o bolso família, já que o governo não tinha dinheiro em caixa, autorizou bancos estatais efetuar o repasse, para depois pagar aos bancos, isso que é pedala fiscal, nada mais, nada menos, do que o governo tomar uma espécie de empréstimo aos bancos estatais para pagar uma divida a vencer e o governo não tenha dinheiro em caixa para pagar.

Por último, gostaria de indagar aqui o fato do povo até agora, não ter tomado partido desse ato obscuro que é o discurso golpista, mascarado de impeachment contra a presidente que tanto beneficiou as massas. É fato que a crise tem atrapalhado a economia, mais como disse, a crise é do capital, o governo tem sua parcela de culpa, tem sim, mas, aqueles que apregoam a crise são os políticos achacadores que, são eleitos com o voto do povo e depois de eleitos, agem contra o povo. É bom lembrar aos meus conterrâneos baianos que os deputados federais Cacá Leão que tem o pai investigado pela PF e o que se diz religioso Elivelton Santana votaram contra a investigação do presidente da câmara o Eduardo Cunha, envolvido até a alma em corrupção.


  

sábado, 14 de novembro de 2015

-TERRORISMO OU INTOLERÂNCIA DE AMBOS OS LADOS?

Por Jeorge Cardozo

Vivemos momentos de perplexidade em face da violência do mundo contemporâneo. Digo isso após vivenciar nos últimos dias, dois fatos que fez com que debruçassem nos teclados para tentar descrever esses dois acontecimentos.
Há pouco mais de um mês os americanos, com o apoio do ocidente, bombardeou o hospital da Organização Internacional Médicos Sem Fronteiras matando médicos, enfermeiras, enfermos, adultos e crianças com o apoio do ocidente e foi noticiado por aqui e no mundo como acidente e não como terrorismo.
Passado pouco mais de um mês, a França é sacudida por outro ato de intolerância praticado pelo chamado Estado Islâmico e o mundo ocidental se mostra perplexo e trata o ato como terrorismo, e o é, assim como o ataque dos americanos ao hospital também o é.
Quero aqui nesse texto chamar à atenção dos desavisados que esses países onde hoje, germina o Estado Islâmico, antes eram nações que, bem ou mal, tinham os seus governos nacionais que foram desestabilizados pelas potencias ocidentais, com a intenção de pilhar as suas riquezas, criando o caos e dando espaço para que grupos radicais germinassem e criassem raízes.
O que quero lembrar a você com esse texto, é que esta “guerra” não declarada tem um caráter político, econômico, ideológico e religioso preconizado por dois paradigmas; de um lado, o modelo hegemônico capitalista dominado pelos Estados Unidos e as potencias ocidentais e de outro, grupos contrários a esse paradigma, como o Estado Islâmico, por exemplo.
A grande questão é a capacidade ideológica do capitalismo que nos faz acreditar que, o que eles fazem é o correto e para o bem de todos. Destarte, quem se opõe a essas ideias, no caso o estado Islâmico, é inimigo de todos e tratado como terroristas e eles, como guardiões do mundo.

Portanto, ninguém é inocente nessa luta. O que vivenciamos é intolerância e pilhagem por toda parte, criam um mundo onde a ganancia, opulência e intolerância toma lugar, um mundo mais luta e opulência do que luar.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

-Confie em si e fé no que virá!

por Jeorge Cardozo

Chega um momento que precisamos conquistar algo bastante almejado, amigos (as)! A presença do acreditar na fé no que virá como conselheiro favorece o triunfo sobre a adversidade e pressagia uma situação específica de triunfo muito significante em nossas vidas. Nossas aspirações e objetivos tomarão forma e você sentirá imensa satisfação ao perceber que nossos esforços não foram em vão. Você se recordará de uma fase em que agiu de forma realmente insegura e rirá disso. Todas as pessoas, por mais fortes que sejam, passam por momentos de inflexão ou insegurança. Isso não as faz menos fortes. A fraqueza surge apenas quando queremos fazer de conta que não passamos realmente por momentos de dificuldade e posamos de orgulhosos. Pedir ajuda a quem se confia não é má ideia, o grande lance é saber em quem confiar!
Fé no que virá!

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

-Invente, faça diferente!

por Jeorge Cardozo

Este é um momento mais do que adequado para que você identifique as partes da sua vida que porventura entraram em estagnação. Chega uma hora que temos de romper com esta estagnação, descobrindo no mais profundo da própria alma uma série de recursos que lhe permitirão viver a vida com muito mais prazer. É provável que você, por puro hobby, comece a não acreditar que uma nova mentalidade lhe leve novamente a um desejo de viver com mais intensidade. Você também poderia pensar em conhecer novos lugares e se abrir à amizade com novas pessoas. Esta renovação, ainda que seja comumente dificil, termina afetando positivamente outras áreas mais abstratas da sua vida, como a espiritual e principalmente a afetiva. Fé no que virá!

-ISSO É NATURAL?

por Jeorge Cardozo

Nunca diga para si ou para o outro: isso á natural. 
Digo isso após ver na televisão que um dito milionário de Hong Kong pagou mais de 100 milhões por um diamante.
Enquanto isso, no mundo, homens, mulheres, idosos e crianças morrem de fome ou não tem um teto para se proteger.
Dizer que isso é natural, é legitimar o modelo econômico hegemônico mundialmente, o capitalismo selvagem.
Enquanto o homem estiver ostentando seu poder econômico em detrimento de uma maioria de miseráveis, construiremos um mundo com prisma deformado, com mais ostentação de poucos e fome e miséria de muitos.
Portanto, nunca diga: isso é natural. Fé no que virá!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

-SUCESSÃO ALMEIDENSE 2016 E OS RUMOS POLÍTICO DE JEORGE CARDOZO

Por Jeorge Cardozo

INTRODUÇÃO

Em face de um modo de fazer político considerado familiar, governado por grupos políticos capazes de reconfirmar essas crenças, um especialista em política como eu e outros, pode surgir como alguém estranho, irritante e intrometido dentro do estabelecido. Por colocar em questão visões políticas que são consideradas subversivas contra a ordem estabelecida, tido como dado, elas, nossas ideias, tem o potencial de abalar as confortáveis certezas das nuances políticas locais, fazendo interrogações que ninguém quer se lembrar de fazer e cujas simples menção provocam ressentimentos e tentativas de isolamentos por parte daqueles que detêm interesses estabelecidos.
Há quem se sintam incomodados ou ressentidos se algo que dominam e de que se acham donos for questionado ou desvalorizado porque foi questionado. Por mais compreensível, porém, que sejam os ressentimentos assim gerados, a desfamiliarização do poder político local se faz necessário para que novos (as) atores políticos com ideias novas possam suceder a velha política e a velha ideia pode ter benefícios evidentes. Pode em especial abrir novas e insuspeitadas possibilidades de desenvolvimento local com mais consciência sustentável e coletiva, mais compreensão do que nos cerca em termos de uma res publica (coisa pública) mais completa, de seu desenvolvimento social e talvez também com mais liberdade de criação e escolha.

O SILÊNCIO

O que mim fez fazer as considerações acima, é o cenário político almeidense em 2016, que se apresenta momentaneamente nas minhas observações que assim como a coruja que do alto observa mais do que canta, vir-me compelido em observar mais nos últimos anos do que falar. Digo isso, pois, assim que acabou o pleito passado, debrucei-me nas analises dos fatos do pleito e de seu resultado e fui mal compreendido por muitos. Observara também naquele momento, de que a eleição do vereador Dílson tornava-se um divisor de águas no futuro político local. De fato, minhas analises estavam certas. Na oportunidade, chamei à atenção de ITO e de AUCI através dos meus escritos, para a oportunidade do ponto de vista político e estratégico que isso representava.

VEREADOR DÍLSON

Por falar no vereador Dílson, quero dedicar algumas linhas desse texto para fazer algumas ponderações a cerca do seu mandato. É fato que ele, Dílson, em nível de atuação na câmera de vereadores, deixa um pouco a desejar, mas, é fato também, a sua correria em busca de melhorias para as comunidades onde obteve votação (dar um bom vice). Outro fator que chama à atenção é a sua capacidade de manutenção do grupo que o ajudou na sua eleição (obviamente que isso tem um custo financeiro razoável a se considerar o que ganha um vereador no município), tendo entre eles alguns cabos eleitorais históricos de Joel Neiva que hoje estão fechados com Dílson no seu projeto político, seja para a reeleição de vereador ou para outro voo como vice (até quando, não se sabe). É esperar para ver!

QUESTÕES GERAIS E O PREFEITO ARMANDO

Voltando as questões mais gerais da política almeidense, é oportuno falarmos da conjuntura política que ora se apresenta para 2016, no que tange aos candidatos colocados até a presente data. O meu primeiro questionamento é se o grupo que elegeu o médico Armando (digo médico porque até onde eu sei, ele, Armando ainda não fez doutorado, pois, quem é doutor é quem faz doutorado, portanto, com todo respeito, médico) vai continuar coeso para a sua reeleição ou de outro nome do grupo ou vai haver racha? Se continuar coeso, terá boas possibilidades no cenário que ora se apresenta para 2016; se não, vai ter muitas dificuldades. Se o candidato for o médico Armando, ainda que o grupo saia coeso, terá as mesmas dificuldades, pois, o próprio Armando continua a dizer que ele não é político de carreira, está político, mas, no entanto, se ele quer ou queria continuar, teria que ter aprendido ser político para sobreviver nesse mundo “escroto” que é a práxis política. Se não o fez até agora, não há mais tempo para fazê-lo, portanto, a “vaca” já foi para o brejo e só ele ainda não viu, pois, parte do próprio grupo que o elegeu, criou o lamaçal para atolá-lo.
(Nada pessoal contra ninguém é só uma analise política de um especialista, do Jeorge Cardozo político, falo depois).

JOEL NEIVA 

Joel Neiva continua a mesma “raposa” da politica local, sabe tudo e um pouco mais. Por falar em Joel Neiva, foi o único a me procurar sobre eleição 2016, demostrando que continua, a saber, as nuances colocadas pela práxis política de apoio e alianças. Assim como eu, não guarda mágoas, se a guarda, sabe muito bem como disfarçá-las (risos) e isso é muito importante para um líder político. Destarte, continua a dizer que será o candidato do grupo; se a lei o permitir, a conjuntura o ajudar e do que eu conheço dele, vai meter as caras mesmo e se assim o for, vai pra ganhar. O cenário se torna interessante ainda mais, pois abre perspectiva do embate tão esperado JOEL X ITO, quem viver verá, o bicho vai pegar (risos).

O DIFERENCIAL COCA

Destarte, COCA se apresenta como alternativa para o grupo caso não der para Armando e nem para JOEL. Este nutre de uma simpatia singular, pelo seu caráter, simplicidade, capacidade de gestão e outros atributos, e, caso o grupo saia coeso em torno do seu nome com um vice como ANISIO ou JOEL JR., caso não der para Joel, pode e vai atrapalhar em muito os planos de ITO de voltar ao paço municipal almeidense.

ITO

Quanto a ITO, a priori, assim como o foi na eleição anterior, se apresenta como franco favorito, mas, como eleição não se ganha de véspera, é bom botar as “barbas de molho”, pois, já dizia Marx que a história tem um caráter repetitivo, só que na primeira vez ela se apresenta como farsa e na segunda como tragédia, portanto, cautela não faz mal pra ninguém. Cabe a Ito ter humildade e acima de tudo, saber fazer política que, a priori, parece que continua o mesmo turrão, querendo fazer tudo sozinho, cuidado... Ao que parece, embora ele não tenha humildade para admitir, a ideia delineada por mim, nas minhas analises políticas de ter o vereador Dílson como vice, parece que ele tem tentado costurar essa embreagem. O que não se sabe é se Dílson vai querer deixar o PT, pois, dentro da conjuntura atual, Dílson não tem o controle político da legenda no município, e não tem porque assim como o Armando, não é político, está na política, mais é voluntarioso e quer aprender.
Portanto, se ITO conseguir costurar essa aliança com Dílson, ele entrará forte nas bases de Joel Neiva que está a observar o caminhar dessa costura para agir no Terceiro Distrito.

JEORGE CARDOZO

E onde JOERGE CARDOZO entra nessa história? Obviamente, como é do conhecimento de todos, fui aprovado em um concurso federal e estou no aguardo da minha convocação que, a priori, já era pra ter acontecido, mas, no advento da crise política e econômica enfrentada pelo governo federal, atrasou todo o processo de convocação e como a data máxima para filiação e decisão política passou para março de 2016, até lá, Deus proverá o futuro. (Mas, no entanto, como disse acima, caso o vereador Dílson aceite) (eu no lugar dele aceitaria o desafio ser vice na chapa de ITO), caberá a mim, caso Joel mister proceda, ser o protagonista do grupo na disputa no Terceiro Distrito. Obviamente que só aceitarei tal projeto de tiver o apoio total de Joel, Alemão e Neivinha aqui na região, não entrarei para fazer número, entrarei para ganhar de “cabo a rabo”, vereador e prefeito.

A CONJUNTURA QUE SE APRESENTA

Exemplificando: é fato hoje, que o vereador Dílson exerce uma liderança aqui na região e tem um dinheirinho pra gastar e caso aceite o convite de ITO e seja o seu vice, abrirá uma lacuna aqui na região para os interesses do grupo de JOEL NEIVA que, hoje, conta com Babi, Flor e Veio. São bons nomes, mas, no entanto, não tem o preparo político e acadêmico necessário para fazer uma disputa de grupo e ideias importante como esse. Portanto, caberá a JEORGE CARDOZO essa responsabilidade, desde que JOEL e os Irmãos, mister procedam e compreendam a importância dessa articulação para o bom êxito do projeto aqui na região. Como assim, você pode está se perguntando: JEORGE CARDOZO na eleição passada não fez a disputa ao lado de ITO? De fato, fez sim, mas, foi um “namoro que não deu em casamento”, pois, fiz duas disputas ao lado de Ito 2008 e 2012 e não tive à atenção necessária do grupo para a minha eleição. Como sou o político do povo e quero me eleger com o apoio do povo e para o povo, trabalhar, respeitando e atuando no grupo que der o apoio necessário a esse projeto, entenderam? E como fica o concurso caso aceite fazer a disputa política local? A Lei preconiza que um funcionário público civil saindo candidato a cargo político e venha a ser eleito que, caso haja compatibilidade, pode desempenhar as duas funções e caso não seja compatível, poderá escolher o cargo político sem perder os benefícios do cargo público. Isso é importante em um município pequeno como o Almeida, para o vereador puder ajudar mais a quem precisa.

ANALISE FINAL

Como analise final, quero reiterar as minhas observações feitas aqui nesse texto, com as seguintes questões: Se a política local sair três candidatos, ou seja, o médico Armando perca espaço no grupo atual para reeleição e resolva sair sozinho; Joel Neiva e seu grupo lancem um nome e Ito como já é certo, ele, Ito, será o grande beneficiado principalmente se conseguir viabilizar Dílson como vice. Portanto, é importante que o grupo que elegeu Armando saia coesa, ou com poucas perdas, (Dílson, por exemplo), de preferencia com um nome leve, capaz de aglutinar todas as forças políticas e heterógeneas existentes. Caso contrário, as chances de vitórias serão muitas reduzidas, enfim, fé no que virá.

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

-MULHERES À LUTA!

Por Jeorge Cardozo

lado dramático e cruel da situação das mulheres no Brasil está exatamente aí, O machismo dominante ainda hoje tira proveito das deformações de sua concepção de mundo. Ao manter a ignorância diante das lutas sociais de inclusão das mulheres nos contextos político, econômico e social, preserva sua posição de mando, com os privilégios correspondentes.

Portanto, essa situação passou a mudar, a partir do Movimento Feminista Internacional. Em 1918 a bióloga brasileira Bertha Lutz (1894-1976) publicou na Revista da Semana uma carta denunciando o tratamento discriminatório dado às mulheres. Em 1921 criou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino que lutava pelo voto, pela escolha do domicilio e pelo trabalho de mulheres sem autorização do marido. Tivemos outras importantes ativistas pelo direito do voto, Mietta Santiago (1903-1995), Luíza Alzira Soriano Teixeira (1897-1963) e Jerônima Mesquita (1880-1972). Em 1934 foi eleita à deputada constituinte, Carlota Pereira de Queirós (1892-1982). Na década de 1930, as mulheres se fizeram presentes também nas greves operárias e na luta pelo acesso ao sistema educacional.

Assim como os demais movimentos sociais, o movimento das mulheres também foi alvo de repressão da direita conservadora e sofreu um refluxo durante os períodos ditatoriais de Vargas (1937-1945), dos governos militares (1964-1985) e da parte conservadora da sociedade e das igrejas. Nos meados dos anos de 1970, o movimento ganhou força, com a participação dos partidos políticos de esquerda, sindicatos, associação comunitária e com a constituição de 1988, que incorporou propostas apresentadas pelos movimentos feministas aos direitos individuais e sociais das mulheres, e no fomento a políticas públicas voltadas para o enfretamento e a superação da discriminação e da opressão e, a consequente eleição da primeira mulher presidente, Dilma Rousseff. Tudo isso, resultou na criação dos conselhos dos direitos da mulher, das delegacias especializadas de atendimento à mulher, de programas específicos de saúde integral e de prevenção e atendimento às vitimas de violências sexual e domestica.


Destarte, na atualidade as mulheres precisam ratificar as suas conquistas, aumentando as suas representatividades na política, mesmo, hoje em dia, sendo elas maioria na população, elas continuam a votarem em peso nos homens, e, quando as poucas que assumem cargos eletivos ou políticos, acabam por tomar decisões, na sua maioria, de caráter conservador, indo, muitas vezes, contra aos interesses delas mesmas.

-A METÁFORA DO RATINHO TIRADO A ESPERTO E A SERPENTE DO DESERTO AFRICANO!

Por Jeorge Cardozo

Todos nós sabemos que o deserto africano é um dos lugares mais quentes e inóspitos do mundo, no entanto, apesar de tanta temperatura, por lá existem diversas formas de vidas, que se adaptaram a essas diversidades. Uma delas é a serpente do deserto, animal com um veneno poderoso, capaz de matar um homem em menos de 15 minutos. Para sobreviver nas altas temperaturas do deserto, ela, a serpente, vive camuflada em baixo da areia e é capaz de rastejar por quilometro, encoberta pela areia, para se proteger do sol escaldante e facilitar à busca de alimentos.

Outro animal que vive por lá também, e faz parte da cadeia alimentar da serpente do deserto africano, são os ratinhos do deserto, que, ao contrario da serpente que se rasteja por baixo da areia, os ratinhos vivem em cavernas escavadas por eles, mas, de vez em quando, eles saem para conseguir alimentos e brincarem sobre a areia. Ao sair pra se alimentarem e brincarem, eles são observados de longe pela serpente que, mesmo estando em baixo da areia e a centenas de metros, possui um poderoso radar, detector de sons, na língua, capaz de sentir a presença dos ratinhos, a centenas de metros. Ao sentir as presenças dos ratinhos através do seu poderoso radar, a serpente começa a se aproximar dos ratinhos e vigiar cada movimento dado por eles, sem que eles sintam a sua presença.

No entanto, os ratinhos por se achar muito esperto, continuam as suas “traquinagens” e, até brincam e se divertem com a areia se movendo pelo rastejar da serpente, sem saber que ali em baixo, está a feroz serpente que, geralmente, nunca erra o bote fatal. Destarte, assim como os demais animais irracionais, tanto a serpente como os ratinhos, agem por instintos, pois, só nós seres humanos (até que se prove o contrario), somos capazes de racionalizar as nossas ações, ou seja, se os ratinhos tivessem o privilégio de raciocinar, tomaria maiores cuidados, ao ficar perto de uma serpente tão venenosa.

Enfim, quando chega à hora do bote fatal, a serpente se aproxima da vitima, sempre por baixo da areia, e fica frente a frente com a vítima, como se disse: “pare com isso que eu estou aqui vendo tudo e te dando a chance de você pensar e agir diferentemente”, mas, o ratinho, tirado a esperto e achando que pode enganar a serpente, continua ali, fazendo as suas “traquinagens”, até que é surpreendido, com uma picada mortal da serpente. A picada é tão poderosa, que o “pobre” ratinho, morre ali na frente da serpente, em menos de um minuto. Após certificar que a vítima está morta, a serpente a engole, começando pela cabeça.

Moral da história: nós, seres humanos, assim como os ratinhos do deserto, em determinados momentos das nossas vidas, costumamos a nos achar mais “espertos” do que os outros e passamos aprontar com o outro, achando que o outro não está vendo e nem percebendo nada. De fato, têm muitos, que não percebem mesmas, as ações nocivas feitas as escondidas. Mas, destarte, têm outros que estão ativos, vendo tudo, assim como a serpente do deserto, e deixando o “ratinho” achar que é muito esperto, até que o outro, que se comporta como a “serpente do deserto”, prepara e dar o golpe de misericórdia. É isso, antes de fazer os outros de bobos, e se achar muito esperto, temos que ter o cuidado pra não ficar no lugar do ratinho do deserto e deixar que o outro fique no lugar da serpente do deserto, com seu veneno fatal. 

-Compreender o outro é o primeiro ato para atrair compreensão para si mesmo.

por Jeorge Cardozo
O meu diálogo com vocês hoje amigos (as), diz respeito a você compreender a importância de se abrir ao diálogo e à compreensão das coisas a partir do ponto de vista dos outros. Ouvir, sempre que possível, é condição fundamental para a harmonização da vida. Fale menos, escute mais, procure admirar a versão dos fatos e das verdades quando provenientes da boca do outro. Ainda que você não concorde com o que for dito, morra defendendo o direito do outro dizer o que pensa e acha, não rebata tão prontamente só por se achar sabedor de tudo. Deixe-se admirar, colocar-se em posição de respeito pela voz alheia. A partir deste procedimento, uma série de bons entendimentos, acordos e reconciliações podem ocorrer. Os outros certamente se emocionarão com esta sua súbita disposição a escutá-los. A vida é bela quando aberta e favorável a todo tipo de conciliação.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

-ESSE SOU EU!

Quero entender a todos, ainda que não seja compreendido por muitos.

-FIQUE SABENDO!

AGENDA BRASIL É UM GOLPE DE DIREITA NO TRABALHADOR
"O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que está até o pescoço envolvido na corrupção apurada pela Operação Lava-Jato, apresentou propostas para, segundo ele, tirar o país da crise. O governo
Dilma que está refém do PMDB até o pescoço no parlamento de maioria corruptos topou a ideia e já disse que quer colocar em prática a chamada Agenda Brasil. No entanto, as propostas são um tremendo golpe contra direitos históricos dos trabalhadores e do povo brasileiro inscritos pela luta dos trabalhadores na Constituição. As propostas são antigas exigências de empresários e banqueiros e sempre foram defendidas pela direita. Sua implementação vai significar um enorme retrocesso para os nossos direitos.
Veja algumas das medidas propostas:
-TERCEIRIZAÇÕES: o projeto prevê a ampliação das terceirizações. Hoje, ele está parado no Senado.
- TERRAS: liberar a compra de terras para o capital estrangeiro. Atualmente, há uma limitação para isso.
- SAÚDE: proibição de liminares judiciais que determinam tratamentos dos planos privados de saúde homologados pelo SUS.
- DESTRUIÇÃO AMBIENTAL: a proposta é a simplificação dos procedimentos de licenciamento ambiental. Isso significa mais facilidades para a construção de grandes obras, muitas delas tocadas por empreiteiras corruptas.
- ATAQUE AOS POVOS INDÍGENAS: a revisão dos marcos jurídicos que regulam áreas indígenas é o sonho de todo fazendeiro do agronegócio. Isso significa diminuir ou, praticamente, impedir a criação de novos territórios indígenas.
- ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA: o projeto propõe a venda de terrenos da Marinha, edificações militares e outras propriedades da União. Isso facilitaria a apropriação do patrimônio público para a especulação imobiliária com o objetivo de construir condomínios de luxo e resorts para os ricos."
LUTE OU MORRA!

-AVENTURAR-SE É PRECISO!

É chegado o momento de partir na direção de novas aventuras, amigos (as). Está na hora de espanar a poeira e deixar o passado para trás! Parta confiante na direção do que você deseja, pois as possibilidades de sucesso estão sempre abertas para aqueles que não se conforma com a mesmice de sempre. Saiba, todavia, dar-se senso de limites. Diante das vitórias iniciais, não se engane, não caia na tentação de achar que a situação estará para sempre garantida. Afinal, é quando nos vemos em situação vitoriosa que tendemos a abrir a guarda e a cometer atos imprudentes. Você ficará bastante feliz com uma vitória, mas não permita que a alegria elimine o seu poder de planejar. O instinto de vencedor informa que este é um momento de mudança: de casa, de emprego, de qualquer coisa que já estava velha e superada em sua existência. Momento de se abrir para o novo, amigos (as)!
Trilhe os caminhos da aventura, mas, com prudência e fé no que virá!

-USE RACIONALMENTE AS IDEIAS E PENSAMENTOS!

por Jeorge Cardozo
Você perceberá a imensa diferença que existe entre as idéias que eventualmente temos e as viabilidades práticas e racionais para executá-las. De uma forma ou de outra, os acontecimentos e as circunstâncias ambientais não estarão viabilizando a aplicação de suas idéias, é bem provável inclusive que você venha a refletir acerca da necessidade de mudar seus modos de racionalizar o mundo e perceba o quanto algumas de suas idéias e teorias andam meio defasadas. O que digo aqui pode lhe chatear muito, eu sei, pois é de fato muito chato quando somos questionados, quando criamos toda uma ideia de como proceder, de como agir, e ocorrem imprevistos que nos levam a ser questionados sobre tudo. Mas, pense bem: não será tudo isso uma excelente oportunidade para você flexibilizar sua mente, aprendendo novas maneiras de como fazer e racionalizar as coisas? Costumamos sofrer de "pensamento lateral", amigos (as), vendo as coisas apenas sob um determinado ponto de vista. Aí vem a vida e nos obriga a ver o outro lado das coisas. Isso é altamente libertador, muito mais do que ser apenas uma "coisa chata". Preste atenção e retire a lição inerente a este pensamento: o uso correto da razão lhe esclarecerá outros pontos de vista.

-O AMOR É!

por Jeorge Cardozo
O amor deve ser compartilhado por si mesmo, sem cobrança ou troca forçada. Não que não tenha reciprocidade, como qualquer outro afego, mas porque traçam num presente eterno a trajetória de um sentimento que decidiu apoiar-se apenas em si mesmo.Contar apenas com suas próprias forças, para ter acesso à verdade ética da humanidade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

-PERGUNTAR NÃO OFENDE!


Porque a Rede Globo colocou um personagem que faz o papel de um mafioso com a frase estampada na frente da camisa "Não Corrupção". Será que a emissora do plim, plim tá nos mostrando que aqueles que estão querendo o impeachment da presidente são corruptos disfarçados de moralistas?

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

- PLC 75/2015, QUE TRATA DO FINANCIAMENTO E CUSTO DE CAMPANHAS, ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA, COLIGAÇÕES, E CALENDÁRIO ELEITORAL.

Por Jeorge Cardozo

Temos vivido, como nação, atormentados pelos “males” do nosso modelo político e pelos “males” do passado, pelo velho vício e pelo novo, mascarado como democracia burguesa, sem termos podido conhecer uma história de rupturas no modelo eleitoral, com a farsa da reforma político eleitoral, delineado pelos nossos congressistas. Não que não tenhamos tentado o financiamento público das campanhas eleitoral. Fizemos essa discussão de modo expressivo, mas não eliminamos relações promiscuas estruturas e procedimentos do capital nos resultados da correlação de forças entre aqueles políticos que representam o capital e aqueles que representam o povo de verdade. Nossa inquietação tem sido constante, aliás, duplamente contestadora contra o remendo que está sendo feito na reforma, principalmente patrocinada pelos partidos PSDB, DEM, PR, PSD, PTB, SD e etc. Em primeiro lugar, porque tem se feito com base na preservação de expressivos elementos do passado, de manutenção de status quo, que são assimilados, apenas pelos gangsteres das estruturas partidárias, sem a devida participação do povo, que, ao final, vão pagar as contas, com pouca representatividade nos debates políticos. Trata-se, para ficar num exemplo fácil, de peso paralisante em que se transformou a descrença do povo com a politica e com o político, afaste ainda mais o povo do poder e, só é usado como massa de manobra no período eleitoral.
Em segundo lugar, porque tem se feito a reforma, de forma não democrática, sem a participação popular e sob o comando das elites, desdobrando-se quase sempre de modo a ser hegemonizada por interesses conservadores. Foi assim que chegamos a final da famigerada reforma política, sem o financiamento público que, a priori, levaria o povo, ao mínimo de condições nas disputas eleitorais, sem a aprovação dessa matéria, apesar do senado ter votado o não financiamento de pessoa jurídica (empresas) as campanhas, ainda assim, os possuidores de grandes fortunas, poderão financiar campanhas e rico não financia campanhas de trabalhador ou sindicalista, exceto se for sindicalista pelego, que vai trair os seus “representados”, ou seja, o tiro saiu pela culatra e nada muda nos enganou de novo.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

-INCOERÊNCIA!

por Jeorge Cardozo
A diversidade de opiniões na política não provem do fato de que a maioria de nossos parlamentares estejam trabalhando ou legislando em pro do povo que o elegeu, mas, sim, nos seus status quo. Digo isso, a partir da votação no senado da parte da reforma política que, trata do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, que mesmo sendo derrotado no senado, teve o apoio e os votos dos partidos PSDB, DEM, PSC, SD, PR... Para quem não lembra, são os mesmos que andam por ai, pedido para o povo ir para as ruas impeachment a presidente, mas, no congresso faz tudo o contrário do que pregam nos discursos. Mais são muito cara de pau.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

-ACHO QUE TODO INDIVIDUO QUE COMEÇA OU ESTÁ NA VIDA ACADÊMICA DEVERIA FAZER ESSA REFLEXÃO.



por Jeorge Cardozo.

"Há já algum tempo que eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos na escola, depois na faculdade no curso de graduação e posteriormente no mestrado, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão muito duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências" (grifo nosso).

-VALORIZANDO AS QUESTÕES ACADÊMICAS!

por Jeorge Cardozo
Atente-se a importância de se dar mais valor às questões educacionais, o que envolve não apenas o plano acadêmico, mas também – e sobretudo – a sua relação com o seu semelhante e a sua contribuição para o meio ambiente. Você precisará assumir uma postura mais dinâmica, direta, objetiva, se quiser conquistar o que almeja no conhecimento. A vida solicitará que você exerça autoridade e liderança e você não poderá hesitar. O mundo contemporâneo salienta a importância do realismo e da disciplina como qualidades fundamentais para que você possa superar obstáculos e melhorar sua vida acadêmica como um todo, desde os estudos até a afetiva.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

-UM DIALOGO DE LONGO ALCANCE COM MARINA SILVA


Por Edilson Silva

Para onde vai Marina Silva? O que ela pensa? O que significa este seu movimento por uma nova política? Que sinais, símbolos e gestos são estes que ela movimenta e que chegam a embaralhar mentes habituadas a raciocinar sobre um plano cartesiano, mas que ao mesmo tempo lhe deram 20 milhões de votos? O que existe de “sólido” – se é que existe ou deveria existir -, em toda a liquidez de sua linguagem, liquidez que tende a nos deixar mesmo com impaciência diante de tanta imprevisibilidade?

Foi atrás de respostas a perguntas como estas que alguns dirigentes do PSOL – sem delegação partidária -, reunimo-nos com Marina Silva no escritório onde está sendo construído o Instituto Marina Silva, em Brasília, no último dia 13 de setembro. Estavam lá Martiniano Cavalcante, membro do Diretório Nacional e delegado pessoal de Heloisa Helena que por motivos pessoais não pode estar presente; o deputado do PSOL-RJ Jean Wyllys; o senador do PSOL-AP Randolfe Rodrigues; o presidente do PSOL-RJ e membro da Executiva Nacional do PSOL, Jefferson Moura; além deste que escreve este texto, Edilson Silva, presidente do PSOL-PE e também membro da Executiva Nacional. O destino do movimento que Marina representa importa e muito aos destinos da esquerda brasileira, daí nossa reunião exploratória.

Marina nos recebeu com o abraço generoso dos povos da floresta e com o seu firme aperto de mão. A generosidade e a firmeza não estariam somente nestes gestos, mas nas quase quatro horas em que se dedicou a nós, para conversarmos sobre política, Brasil, mundo, civilização, psicanálise, socialismo, povo e vários outros temas. Paciente, com um jeito sempre professoral – quase sempre concluindo seu raciocínio com uma pergunta afirmativa - certo?! Correto?! -, e sempre  muito humilde, explicou em pormenores o que pensa sobre política, sobre o mundo, as revisões e sínteses que vem fazendo em suas convicções políticas.

Ao final de sua primeira exposição, já ficou suficientemente claro – pelo menos para mim, que estávamos realmente diante de uma figura especial, diferente, cujo raciocínio se dedica com muito afinco a interpretar os sinais – que ela chama de desvios -, vindos da periferia do sistema, que ela chama de borda da sociedade. Já havia conversado, por duas vezes, um pouco mais de perto com Marina, mas não havia ainda capturado esta dimensão de seu ser retórico. Ou talvez ela tenha tirado conclusões contundentes de sua saída do PV e agora consiga as expor da forma mais completa, como nos  fez perceber.

A líder do Movimento Por Uma Nova Política não se deixa entabular nas funções lineares da velha política e nem na dialética vulgar. Às vezes tem-se a impressão que ela alterna sua visão entre um telescópio, de tão longe que enxerga, e um microscópio, tamanha a penetração que busca para interpretar os desvios vindos da borda. Uma mistura rara de fé e ética cristãs, psicanálise, resquícios de um marxismo católico militante e um profundo compromisso com a sustentabilidade ambiental.

No meio deste turbilhão de difícil apreensão, consegue-se capturar alguns elementos “sólidos” e mesmo salientes que dão base ao seu pensamento estratégico. Marina Silva não acredita mais no monopólio da democracia representativa e mesmo na participativa, ou semi-direta, na gestão do Estado. Sua conclusão não se dá apenas pela visível falência do regime democrático tradicional em si, mas por que a sociedade não só não acredita mais nesta democracia, como já busca ela mesma outras formas de participação democrática – que Marina chama de “aplicativos” para a democracia. A internet, com suas múltiplas possibilidades, é parte deste reprocessamento estrutural, em que, mais que tudo, os partidos devem ser reinventados, pois eles têm papel importante na vida política.

Segundo concluí, Marina não vê futuro para os partidos nos moldes atuais, e nisto concordo com ela. A fúria anti-partidária que varre o mundo é parte dos sinais/desvios que emitem estas mensagens. Em relação a isto, sua saída do PV foi um gesto radical – atirou-se num precipício escuro, ou não -, que desenvolveu uma musculatura flagrantemente exposta na dimensão do ethos de seu discurso. Uma aula de coerência.

Do “alto” de nosso pragmatismo programático, duas perguntas não poderiam deixar de ser feitas – visto que em relação às questões ambientais a biografia de Marina fala por si: que fazer com a armadilha da dívida pública, que consome quase metade do orçamento do Estado brasileiro? - neste ponto, eu em particular critico muito o silêncio de Marina. E em 2014, o que esperar de Marina Silva? Ela deixou claro que entendeu a primeira pergunta mais como uma questão de natureza ideológica, estabelecendo que não se pode combater a inflação basicamente com política de juros e nos fez pensar que é preciso achar-se uma equação que equilibre as transformações necessárias na política econômica com possibilidades reais de causar estas transformações, e que ela ainda não tinha respostas para isto, logo, seguia sem ser conclusiva em relação ao tema. Se for assim, é bastante razoável. Sobre 2014, óbvio que ela não faria outra afirmação que não deixar todos os cenários abertos, colocando que as movimentações futuras é que dirão os passos posteriores às movimentações futuras.

Sobre os movimentos práticos da iniciativa que comanda, tudo é muito mais concreto. Quer atrair gente de todas as colorações que queiram desenvolver ações honestas em torno da plataforma do movimento, de Pedro Simon a Heloisa Helena. Sobre as eleições 2012, a idéia é contribuir com todos os atores que estejam disputando eleições e que dialoguem com esta plataforma.

Encerrada a reunião, e após um intervalo de poucas horas, encontramo-nos todos de novo num dos auditórios da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio. Lá estavam o deputado Regufe (PDT-DF), o senadores Pedro Taques (PDT–MT); Cristóvão Buarque (PDT-DF); Eduardo Suplicy (PT-SP); Walter Feldmam, deputado paulista que deixou o PSDB. Do PSOL, os parlamentares presentes eram o senador Randolfe e o deputado Jean Wyllys.

Ao final da maratona, muitas imprevisibilidades ainda persistiam, mas algumas sinalizações estavam muito claras: as movimentações de Marina não são superficiais e efêmeras, mas dotadas de um navegador de longo alcance e com norte republicano, portanto de esquerda, ou no mínimo progressista; Marina pode até não ser “agraciada” com o título de ecossocialista – talvez ela nem queira este título, mas está muitíssimo longe de ser caracterizada como ecocapitalista; o Movimento pela nova política que Marina impulsiona tem uma inequívoca força magnética para setores mais à esquerda do espectro político do país, assim como da sociedade.

Trata-se de uma movimento, portanto, que merece o aplauso da sociedade e das forças da esquerda brasileira, que deve interagir com ele, intervir sobre ele, buscando produzir aí sínteses que ampliem as possibilidades de aprofundamento da democracia brasileira, única forma de construirmos uma cultura política de massas que desidrate com efetividade a corrupção, que respeite o meio ambiente e produza alternativas para a suposta crise fiscal que vive o Estado brasileiro.

Não foi, logo, discutido criação de partidos ou coisas pelo estilo. Discutimos os rumos da democracia, do Brasil, da civilização. Esta é a pauta que Marina Silva está propondo.
Presidente do PSOL-PE, membro da Executiva Nacional do PSOL e do Movimento Ecossocialista de PE. 

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Linna
Linha de Estudo e Pesquisa em Educação Física Esporte e Lazer - LEPEL UFBA

-GLOBALIZAÇÃO E CULTURA



Por: Jeorge Cardozo*


A globalização é uma palavra que indica não que interpreta ou sintetiza, portanto, indica o problema, não a chave da sua interpretação. Sinaliza uma nova realidade da experiência vivida no final do século XX, indicando uma nova etapa e um novo quadro do processo de desenvolvimento das interdependências das nações mundiais, que, ao mesmo tempo, integra e polariza o sistema mundial, a impressionante aceleração da mobilidade e dos fluxos de pessoas, bens, capitais e símbolos, etapa e quadro que podem ser vistos em perspectiva e os passos anteriores na direção da internacionalização e da mundialização das relações entre as pessoas e o modo de produção.

Mas, é preciso não cair no rito usual da idéia de globalização, nos moldes colocados pelo sistema capitalista e, se criar um modelo contra hegemônica de globalização onde todos os sujeitos estejam inseridos, diferentemente, do modelo de globalização preconizado pelo poder hegemônico do capital. Portanto, é preciso problematizar, construir modelos de teorização, observação e análise suficientemente críticos para dar conta de análise mais aprofundada e extensa do modelo atual de globalização e das suas tendências teóricas atuais, que, escondem nas suas entrelinhas, as mazelas desse paradigma globalizante preconizado pela burguesia detentora dos conhecimentos teóricos implícitos na globalização.

Portanto, para se ter uma idéia mais profunda do fenômeno ora estudada que é a globalização, faz-se necessário, pluralizar buscando uma precaução do método, para não na tentação de uniformizarmos e reduzirmos “globalizações”: que são vários fatores, várias configurações, vários efeitos da mesma dinâmica, como propõem Appadurai (1990, 1996) que a interpretação sociológica seja considerada através da mediação dos “quadros”, ou como preconiza Boaventura Sousa Santos (1995), que seja através dos “espaços estruturais”, ou seja, domestico, do trabalho, do mercado, da comunidade, da cidadania e do espaço mundial, ou então, que é o que aqui se vai ensaiar de seguida, das especializações sociais que articulam formas de organização e interação social, principalmente nas cidades contemporâneas.

Explica ele, que o quadro de complexidade da cultura estudado por ele, torna clara a dificuldade, já anteriormente notada, de se definir uma visão coerente da expressão cultural das cidades, já revelada na precariedade das tentativas de estipular imagens consistentes que as promovam no plano da competitividade em que se encontram atualmente. Portanto, há hoje, uma hibridação ou crioulização das culturas, ou o anunciado o processo de lateralização subordinante ou de resistência de certas expressões culturais identitárias presentes na cidade, estávamos, na verdade, a definir um conjunto de possibilidades abertas pela relação local-global a iniciativas culturais dispersas, cujo sucesso depende em grande parte da capacidade de recombinação e cruzamento de elementos originários dos mais diversos domínios da atividade social, econômica, artística ou cultural num sentido mais estrito.

São nesse sentido de recombinação de elementos que iremos abordar amplamente as competências práticas de agentes determinados, as especialidades compostas de interação social e os modos de intervenção na cidade, deixando, a terminar, algumas questões acerca do lugar do espaço público e da sua eventual revitalização.

A plasticidade da realidade social e a multiplicidade e articulação de campos de ação e de referencias têm originado um sentimento generalizado de ambivalência e multiplicidade de valores e levado alguns analistas a falar em caos do tempo atual. O que está em jogo, nesta perspectiva, é a idéia de excesso de significados dados às coisas e dos lugares que contesta a estratégia modernista de classificação racional. Portanto, a alternativa tem sido a valorização da metáfora da hibridação (cruzamento de espécies diferentes) ou contaminação que assinala o surgimento de categorias compósitas (constituída por mais de um elemento), seja no domínio das identidades dos sujeitos, seja nas expressões artísticas ou literárias, ou nas próprias concepções do tempo e dos espaços. A metáfora da hibridação e da contaminação, cujas origens remotam à biologia do século XIX na visão de (Young, 1994), tem subjacente (subentendido) o principio da mobilidade dos atores envolvidos e da permissividade das fronteiras, bem como da fragilidade das classificações.

Destacamos, entretanto, as zonas de intermediação entre entidades e processos que parecem relevantes para uma reflexão sobre os reajustamentos sociais e culturais decorrentes da globalização e atuantes sobre os modos de organização da cultura urbana e a relação entre espaços públicos e privados.

Portanto, destacamos deste modo, quatro zonas de intermediação: as “terceiras culturas”, as “relações sociais de estranhamento”, a “domesticidade” e o “espaço de proximidade relacional”.

ZONA DE INTERMEDIAÇÃO: TERCEIRAS CULTURAS

Terceiras culturas são como território transnacional (além das fronteiras) de negociação e resolução de problemas surgidos com a globalização e o contacto interculturais. Como exemplo disso, podemos citar os profissionais do direito internacional ou do design, intelectuais e as próprias indústrias culturais de hoje são, em princípio, detentores de competências técnicas e profissionais especificas que lhes permitem viver “entre culturas” e estabelecer comunicação entre si através da retradução dos seus sentidos e significados.

ZONA DE INTERMEDIAÇÃO: RELAÇÕES SOCIAIS DE ESTRANHAMENTO TOLERÂNCIA.

A relação dos cosmopolitas (elementos de vários países, universal, internacional) e profissionais das terceiras culturas com as culturas locais e os seus atores. Apesar da sua tácita relação de mútua sobrevivência, o contacto entre uns e outros não é direto nem intimista. Diríamos mesmo que configura uma relação social de estranhamento. O que melhor caracteriza a relação social de estranhamento e o fato de não corresponder nem à relação típica de interconhecimento nem a de conflito. Daí que seja uma relação inscrita na ambigüidade e, logo, portanto, na indeterminação do seu desenrolar e desfecho.

ZONA DE INTERMEDIAÇÃO 3: DOMESTICIDADE E PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS.

Uma das linhas reequacionamento do lugar do espaço doméstico na estruturação das práticas culturais tem vindo a ser problematizada através do seu confronto com as chamadas práticas de saída, portanto, estas práticas de saídas não podem ser entendidas como práticas vazias de conteúdo e convocar atividades, significados e especialidades dos jovens, na formação de estilos de vida e na mediação de processos identitárias. Em vista da tendência para que a domesticidade reforce e faça cristalizar as hierarquias sociais, relacionadas com as disposições estéticas e os contextos de socialização, portanto, urge a necessidade de políticas culturais e educativas consistentes que promovam a democratização cultural no Sul.

ZONA DE INTERMEDIAÇÃO 4: ESPAÇO SOCIAL DE PROXIMIDADE RELACIONAL

Sobre as falências das designações nominalistas dos espaços, vale à pena enunciar apenas outras duas situações que problematizam o valor heurístico (alegria por um achado ou descoberta) da dicotomia (divisão em dois) público-privado.

-A REVOLUÇÃO E O PAPEL DO ESTADO



Por Jeorge Cardozo*
   
O papel da revolução é romper com as barreiras entre a superstição do Estado capitalista burguês, o comércio produzido por ele e trazer o homem de volta a si mesmo. A consciência, hoje comum, vislumbrada pela ideologia capitalista burguesa, da possibilidade da autodestruição humana. Tudo parece apontar, em sinistra evidencia, para o desaparecimento do homem.
   A transformação da existência humana em um processo de produção e consumo resulta em uma aceleração crescente da troca de bens, delineada pelo modo de produção vigente, tendo o uso da natureza de forma predatória e irresponsável, como se a geração atual fosse à última a se utilizar dela. Todas as coisas habitação, vestuário, mobiliário, economias assumem caráter efêmero. Em todos os setores, o mesmo se afirma: a permanência deixa de existir, em nada mais é possível confiar. E o povo? Existem verdadeiramente, enquanto cidadão em busca de transformações que vêm a nosso encontro ou se colocam enquanto sujeitos ativos? Antes que busquemos respostas a tais considerações, é preciso saber qual o papel da revolução e do Estado e, de como ele se apresenta para nós. Com efeito, não temos consciência do que seja o Estado e qual o papel que o mesmo desempenha para inibir as ações revolucionárias no seio da sociedade de classe, a partir do momento em que nos encontramos tendendo para a alienação ideológica. “A classe dirigente domina também como pensadora, como produtora de idéias, e regula a produção de idéias de sua época: assim suas idéias são idéias dominantes da época” (Marx e Engels, 1970: 81).
   Não há Estado sem as classes conflitantes, nem revolução sem o entendimento desse conflito. Em outras palavras, não há revolução sem sujeitos ativos, nem transformação antes de crises generalizadas. A revolução real é manifestação da realidade e não a realidade por si só, distante da crise generalizada como tal. Somos lançados a esse processo dialético, onde nos orientamos com o auxilio do conhecimento cientifico universalmente válido, que, entretanto, nada nos diz acerca do que esteja para além de seus limites impostos pela ideologia dominante. “A classe dirigente tem de exercer seu poder em seu próprio interesse de classe, enquanto afirma que suas ações são para o bem de todos” (Marx e Engels, 1970:106). Só o conhecimento de causa, efeito e conseqüência dessa dialética, nos pode libertar da escuridão alienante da superestrutura ideológica vigente.
   Portanto, a mudança de mentalidade só existe na medida em que aparece a dicotomia crise-mudança e o sujeito torna-se consciente de si mesmo, por assim dizer, como sujeito revolucionário, porque reconhece essa dignidade em si mesmo e nos outros homens. Como bem diria Kant “nenhum homem pode ser, para outro, apenas meio; cada homem é um fim de si mesmo”. A farsa da democracia vigente, como bem diz Jaspers, só serve para o homem contemporâneo “colocar o voto na urna como sendo o único ato político praticado pelo povo e praticado sem maior reflexão. No fundo, isso equivale a decidir por aclamação, que a mesma oligarquia de partidos e de pessoas continue no poder. Nenhum deles trabalha em favor da liberdade política interna ou a favor da liberdade de pensamento. Nenhum deles procura ajudar o povo a educar-se politicamente. Carentes de vocações, esses políticos encaram suas funções como um simples emprego, vantajoso sob todos os aspectos, com bom salário, direito a aposentadoria e sem qualquer risco” ( Jaspers, 1965: 72). Falar que isso é democracia, não passa de legitimar, no seio da sociedade, conceito de igualdade, mediante falácias, continua Jaspers, “a democracia degenera em oligarquias de partidos. O que se tem por cultura não passa de bolhas de sabão em salões literários. O espírito perde densidade” (Jaspers, 1965: 72). Destarte, numa discussão hostil entre indivíduos inflexíveis, cada qual busca impor sua opinião ao outro; num debate aberto entre indivíduos esclarecidos, ambos querem assegurar-se da posse da verdade, como se essa fosse imutável.
   Portanto, quando compreendemos nossos próprios juízos, tornamos mais livres com respeito a eles. Sem embargo, nenhuma compreensão permite que nos apropriem das potencias que produzem a significação inteligível e que, não obstante, estão presentes em nós. “Resistência de culturas contra-hegemônica vem seguindo uma tradição, desde os pensamentos anti-colonialista” (Boaventura Santos, 1995: 55).
   Seja a revolução o que for, está presente no ideário humano e a ele necessariamente se refere. Certo é que ela rompe o estado de inércia do homem para lançarem-se as mudanças em curso. Mas retorna a realidade para aí encontrar seu fundamento histórico dialético sempre original. O problema crucial é o seguinte: o homem atual capitaneado pela ideologia vigente aspira às mudanças repetina, que o sistema atual não quer. A revolução é, portanto, perturbadora da ordem vigente. Entretanto, para conciliar esse estado perturbador é que aparece o Estado como o mostro todo poderoso, capaz de apaziguar as classes em conflito, como bem dizia os clássicos. No entanto, nesse texto ora produzido aqui, vamos falar do Estado, na visão clássica de Marx e Engels e na contemporânea de David Harvey, que preconizam que o Estado não é algo de novo na esfera do estado capitalista, ele, apenas, ganhou novas configurações para adaptá-lo, ao atual momento do capital, diz Harvey, citando Marx e Engels, “no entanto, não seria correto afirmar que o Estado apenas recentemente se tornou agente central para o funcionamento da sociedade capitalista. Ele sempre esteve presente; apenas suas formas e modos de funcionamento mudam conforme o capitalismo amadurecia” (Harvey, 2006: 79). Já para Marx e Engels o Estado “é uma forma independente, que surge da contradição entre o interesse do individuo e o da comunidade. Essa contradição sempre se baseia na estrutura social e, em particular, nas classes, já determinadas pela divisão social do trabalho e pela qual uma classe domina todas as outras” (Marx e Engels, 1970: 53-4). Para Engels “o Estado não é, de modo algum, um poder, de fora, imposto sobre a sociedade; assim como não é a realidade da razão, como sustenta Hegel. Em vez disso, o Estado é o produto da sociedade num estagio especifico do seu desenvolvimento; é o reconhecimento de que essa sociedade se envolveu numa auto-contradição insolúvel, e está rachada em antagonismos irreconciliáveis, incapazes de ser exorcizado – no entanto, para que esses antagonismos não destruam as classes com interesses econômicos conflitantes e a sociedade, um poder, aparentemente situado acima da sociedade, tornou-se necessário para moderar o conflito e mantê-lo nos limites da ‘ordem’; e esse poder, nascido da sociedade, mas se colocando acima dela e, progressivamente, alienando-se dela, é o Estado” (Engels, 1994: 155). Destarte, Harvey, citando Engels, brilhantemente, nos dar uma concepção atualizada do papel do Estado na sociedade capitalista atual “o Estado que se origina da necessidade de manter os antagonismos de classe sob controle, mas que também se origina do meio da luta entre às classes, é, normalmente, o Estado da classe economicamente dirigente, e, assim, obtêm novos meios de controlar e explorar as classes oprimidas. O Estado antigo era antes de qualquer coisa, o Estado dos senhores de escravos para controlar os escravos, assim como o Estado feudal era o órgão da nobreza para oprimir os servos camponeses, e o Estado representativo moderno é o instrumento para explorar a mão de obra assalariada pelo capital. No entanto, ocorrem períodos excepcionais – quando classes antagônicas quase se igualam em forças, em que o poder do Estado, como aparente mediador, adquire, naquele momento, certa independência em relação a ambas as classes” (Harvey, 2006:800).  
   Nesse momento, o Estado se transverte de uma “máscara”, que, momentaneamente, parece está fora do interesse de ambas às classes envolvidas, até que, os ânimos voltem ao normal, ou seja, uma classe se sobreponha a outra e passe a se utilizar do Estado como máquina de poder, como bem diz Harvey, “o uso do Estado como instrumento de dominação de classe cria uma contradição adicional: a classe dirigente tem de exercer seu poder em seu próprio interesse de classe, enquanto afirma que suas ações são para o bem de todos” (Harvey, 2006:80-1).
   Todo esse processo de dominação feita pela classe dirigente sobre o Estado é delineado por uma superestrutura ideológica de legitimação, como bem afirma Harvey, citando Marx e Engels, “toda a nova classe que se opõe no lugar da classe dirigente anterior fica obrigada, para levar a cabo seu objetivo, a representar seus interesses como o interesse comum de todos os membros da sociedade [...] precisa dar a sua idéia a forma de universalidade, e representá-las como as únicas idéias racionais e universalmente válidas. A classe que promove a revolução aparece desde o inicio {...} não como uma classe, mas como a representação do conjunto da sociedade” uma espécie de consenso, (grifo nosso) (Harvey, 2006:82).
   Com a colaboração dos clássicos da revolução, Marx e Engels e do contemporâneo David Harvey, compreendemos um pouco o porquê da importância da revolução para derrubar a contradição delineada pelo Estado capitalista e as suas diversas formas de legitimar à sua atuação ideológica. Portanto, assim, podemos entender o porquê de Marx e Engels, não compactuarem com a idéia de Estado.
   O Estado, enquanto máquina de poder vai está sempre a serviço da classe dirigente, essa concepção, precisa ser mais bem entendida enquanto prática, digo isso, pela nuance criada pelo Estado pseudo-comunista soviético e do leste europeu, que, envolvido em uma contradição ditatorial, não conseguiu extenuar, de fato, a concepção de Estado vigente, e, portanto, não conseguiu criar uma democracia socialista. Portanto, na minha humilde concepção, fica claro então, que nenhum modelo econômico seja socialista, capitalista, feudal, sobrevive isoladamente. No caso especifico do pseudo-socialismo soviético e do leste europeu, foram espremidos pela ação dinâmica do capitalismo e pelo centralismo burocrático de Stalin. Hoje, percebemos que a visão de Trotsky, de uma revolução permanente era o caminho mais viável. Entendemos também, que o atual estágio vivido pelo modo de produção capitalista, onde, resguardado por uma superestrutura midiática poderosa, capaz de atingir bilhões de pessoas no mundo todo em fração de milésimo de segundos, só uma ação revolucionaria coordenada, mediante uma grande crise que envolva as economias vigentes, levando-as aos caos, poderá criar espaço significativo para uma ação revolucionaria coordenada.
   Destarte, isso não me parece distante de acontecer, pois, as economias ditas capitalistas, nos seus maiores centros, passam por turbulências graves, apesar dos “remédios” imediatistas feitos pelos dirigentes políticos dessas nações. Percebemos ainda, que essas crises têm acontecido em espaço de tempo cada vez menor. Portanto, esse é o caminho a ser seguidos pelos partidos revolucionários, ou seja, se aproveitar do momento de crise generalizada para impor uma nova dinâmica ao mundo contemporâneo.

-SOBRE A MORTE



por Jeorge Cardozo*

Depois, do que é pra muitos, um enigma, a existência real de Deus, a morte, sem sombra de dúvidas, é um mistério que aflige grande parte da humanidade. De onde vim, pra onde vou, terá mesmo outra vida após a morte, são perguntas que, inexoravelmente, cada um nós já nos vimos diante dela. Quanto a mim, vivo tudo que nasci pra viver, não tenho medo da morte, desde que ela, a morte, venha depois do 90 anos e que seja rápida, sem sofrimento e sem dar trabalho a ninguém, pois, pela minha própria imperfeição diante da perfeição que é o universo, vejo-me compelido em acreditar em algo superior, tão perfeito, ou mais, quanto as leis do universo, portanto, Deus pra mim é isso, parafraseando Descartes, a minha própria imperfeição, diante da perfeição.
Voltando a morte, as crendices religiosas, nos tornam reféns desse medo pós morte, que é a escolha entre o céu e o inferno, como se esses dois enigmas, não estivessem presentes aqui mesmo no próprio universo. O inferno pra mim, seria a prisão (para a maioria), e o céu, as belezas da amazônia, de Galápagos, Fernando de Noronha...
Por esta causa, não choro pelos entes mortos após ter vivido tudo isso, mas, choro pelas crianças que morrem cedo de fome, miséria, guerra, violência urbana, enfim... e não tem a chance de viver o verdadeiro céu. Destarte, nós, adultos, é que escolhemos entre o céu e o inferno, o bem e o mal enfim... quanta as crianças, essas não pode escolher.
Viva os mortos que puderam, aqui na terra, viver o céu, e dele, tirar proveito dos poucos ou muitos momentos de paraíso e pasmo com aqueles que podia escolher conhecer esse céu aqui na terra, mas, no entanto, escolheram o inferno.

-SOBRE OS REGIMES DE GOVERNO


por Atilio Boron

É uma prática profundamente arraigada que os governos adversos à dominação americana sejam habitualmente caracterizados como "regimes", pelos grandes meios de comunicação do império, pelos intelectuais colonizados da periferia e por aqueles que o grande dramaturgo espanhol Alfonso Sastre magistralmente qualificou como "intelectuais bem pensantes". A palavra "regime" adquiriu na ciência política uma conotação profundamente negativa ainda que esta não existisse na sua formulação original. Até meados do século XX falava-se do "regime feudal", do "regime monárquico", ou do "regime democrático" para aludir a leis, instituições e tradições políticas e culturais que caracterizavam cada sistema político. Contudo com a Guerra-fria e depois com a contrarrevolução neoconservadora este vocábulo mudou completamente o seu significado. No seu uso atual a palavra é empregada para estigmatizar governos ou estados que não se ajoelham perante as ordens de Washington, que por isso mesmo os caracteriza como autoritários e, em não poucos casos, como tiranias sangrentas.

Contudo, um olhar sóbrio sobre este assunto comprovaria a existência de estados abertamente despóticos que, apesar disso, os arautos da direita e do imperialismo jamais qualificariam como "regimes". Na conjuntura atual proliferam analistas políticos e jornalistas (incluindo alguns "progressistas" um tanto ou quanto distraídos) que não encontram inconveniente em aceitar o uso da linguagem estabelecida pelo império. O governo sírio é o "regime de Bashar Al Assad"; e a mesma classificação é utilizada para falar dos países bolivarianos. Na Venezuela o que existe é um "regime chavista"; no Equador é o "regime de Correia" e a Bolívia está submetida aos caprichos do "regime de Evo Morales". O fato de se terem desenvolvido nesses três países instituições e formas de protagonismo popular e funcionamento democrático, superiores aos existentes nos Estados Unidos e na maioria dos países capitalistas desenvolvidos é olimpicamente ignorado. Como não são amigos dos Estados Unidos o seu sistema político é classificado como "regime".

O duplo critério que se aplica nestes casos fica em evidência quando se observa que as infames monarquias petrolíferas do golfo, muito mais despóticas e brutais do que o "regime sírio", nunca são estigmatizadas com a palavrinha em questão. Fala-se por exemplo, do governo de Abdullah bin Abdul Aziz mas nunca do "regime saudita", apesar de este país não ter sequer um parlamento mas sim uma "Assembleia Consultiva" cujos membros são escolhidos pelo monarca entre os seus parentes e amigos; de os partidos políticos estarem expressamente proibidos e de o poder ser exercido por uma dinastia que se perpetua há décadas no poder. Exatamente o mesmo sucede com o Qatar a quem nem por rebate de consciência ao New York Times ou aos media hegemônicos da América Latina e do Caribe ocorre tratarem-nos por "regime saudita" ou "regime qatari". A Síria, ao contrário, é um "regime" – apesar de ser um estado laico no qual até há bem pouco tempo conviviam diversas religiões, onde existem partidos políticos legalmente reconhecidos e um congresso com representação da oposição. Mas nada lhe tira a alcunha de "regime". Por outras palavras, um governo amigo, aliado ou cliente dos Estados Unidos, por mais violador que seja dos direitos humanos, nunca será caracterizado como um "regime" pelo aparato propagandístico do sistema. Por outro lado os governos do Irã, Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador e outros mais são invariavelmente caracterizados dessa maneira. [1]

Para comprovar rotundamente a tergiversação ideológica subjacente a esta caracterização dos sistemas políticos basta recordar a forma como os publicitários da direita caracterizam o governo dos Estados Unidos, considerando-o o "non plus ultra" da realização democrática. Isto apesar de o antigo presidente Jimmy Carter dizer que o seu país "não tem uma democracia que funcione". O que há é um estado policial muito habilmente dissimulado, que exerce uma vigilância permanente e ilegal sobre os seus próprios cidadãos, e cujo feito mais importante que realizou nos últimos trinta anos foi permitir que apenas 1% da população enriqueça como nunca até aqui, à custa do estancamento dos rendimentos recebidos por 90% da população. Na mesma linha crítica da "democracia" estado-unidense (na realidade uma cínica plutocracia) encontra-se a tese do grande filósofo Sheldon Wolin, que caracterizou o regime político imperante no seu país como "um totalitarismo invertido". Segundo ele, "o totalitarismo invertido… é um fenômeno…que representa fundamentalmente a maturidade política do poder corporativo e a desmobilização política da cidadania". [2] Por outras palavras, a consolidação da dominação burguesa nas mãos dos oligopólios, por um lado, e a desmobilização política das massas, devido à apatia política, abandono e mesmo desdém pela vida pública, e a fuga individual no sentido de um consumismo insano sustentado pelo endividamento galopante, por outro. O resultado: um "regime" totalitário de novo tipo. Um democracia "peculiar", em suma, sem cidadãos nem instituições, e na qual o peso esmagador do "establishment" esvazia de todo conteúdo o discurso e as instituições democráticas, convertidas por isso num esgar sem gosto nem graça, e absolutamente incapaz de garantir a soberania popular. Ou seja, de tornar realidade a velha fórmula de Abraham Lincoln quando definiu a democracia como "o governo do povo, pelo povo e para o povo".

Em resultado desta gigantesca operação de falsificação da linguagem, o estado norte-americano é concebido como uma "administração", ou seja, uma organização que em função de regras e normas claramente estabelecidas gere a coisa pública com transparência, imparcialidade e apego ao mandato da lei. Na realidade, como afirma Noam Chomsky, nada disso é verdade. Os Estados Unidos são um "estado canalha" que viola como nenhum outro a legalidade internacional bem como alguns dos mais importantes direitos e leis do seu próprio país. Assim o demonstram, no caso interno, as revelações sobre a espionagem que a NSA e outras agências têm feito contra o próprio povo americano, já para não falar de atropelos ainda piores como os que se produzem diariamente na prisão de Guantanamo, ou a persistente ferida aberta do racismo. [3] Proponho por isso que se abra uma nova frente da luta ideológica e se comece a falar sobre o "regime de Obama", ou do "regime da Casa Branca" cada vez que tenhamos de nos referir ao governo dos Estados Unidos. Será um acto de justiça que melhora a capacidade de análise, e contribui para higienizar a linguagem política, emporcalhada e abastarda pela indústria cultural do império e a sua inesgotável fábrica de mentiras.

-ANISTIA INTERNACIONAL DENUNCIA FARSA NA LÍBIA


Escrito por: Mário Augusto Jakobskind


O jornal britânico The Independent publicou relatório da Anistia Internacional inocentando regime de Muammar Khadafi e incriminando os rebeldes que têm o apoio da Otan, responsável pelo bombardeio diário na Líbia. Ou seja, todas as denúncias de violências supostamente cometidas pelas forças do governo Khadafi, amplamente divulgadas pela mídia de mercado, não se sustentam. Entraram no rol do esquema que antecedeu a invasão do Iraque com as tais armas de destruição em massa, que nunca existiram. Serviram para justificar a invasão e posterior ocupação.

E imaginar que as denúncias sobre estupros em massa ordenados pelo regime de Khadafi, emprego de helicópteros e armas proibidas contra a população civil não foram comprovadas pela Anistia Internacional, que já denunciou prisões arbitrárias em vários países, inclusive quando na Líbia, o país norte africano estava sendo aceito pelos países que hoje bombardeiam e matam civis, dá para imaginar como mentem os “justiceiros” do mundo.

Na verdade, a Anistia encontrou indícios de que em várias ocasiões, os rebeldes em Benghazi fizeram deliberadamente declarações falsas e distribuíram versões mentirosas sobre crimes cometidos pelo governo líbio.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, que visivelmente faz o jogo do complexo militar baseou todas as suas acusações a Khadafi em “informes” inventados pelos rebeldes, segundo a Anistia Internacional.

A mídia de mercado de todos os quadrantes ajudou, como de outras vezes, a dourar a pílula. Quer dizer, a farsa do Iraque se repete na Líbia. Os bombardeios diários da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que alguns canais de televisão denominam erradamente, por ignorância ou opção ideológica, de Aliança Ocidental, inventaram pretextos para intervir no país norte africano.

É inconcebível que esta prática se repita em todas as áreas do planeta onde há riquezas cobiçadas pelos Estados Unidos e demais países industrializados. E ainda pior: bombardeios inteligentes atingem alvos civis em nome de “intervenção humanitária”.

Espera-se que depois disso, a Organização das Nações Unidas, que deu o sinal verde para as ações contra a Líbia leve em conta o relatório da Anistia Internacional, ao menos o investigue de forma isenta, e mesmo reveja a posição adotada. Se não fizer isso e seguir dando pretexto para os bombardeios, a credibilidade da entidade vai à zero.

Que Barack Obama, Hillary Clinton, David Cameron e Nicolas Sarkozy, entre outros, façam isso, pode-se concluir que estão na verdade defendendo interesses econômicos, mas a ONU dando o aval é realmente desesperador.

O que teriam a dizer neste contexto a Presidenta Dilma Rousseff e seu Ministro do Exterior, Antonio Patriota? Afinal de contas, a Otan, com a chancela da ONU comete sérias violações dos direitos humanos. Ficar calado ou apoiar é na prática aprovar. Até porque, a própria Presidenta brasileira já deixou claro inúmeras vezes que se posicionaria onde se cometam violações dos direitos humanos.

Mas é preciso tomar cuidado para não cair na armadilha estadunidense que bota a boca no trombone apenas contra países que não fazem o jogo da Casa Branca. A Arábia Saudita, governada por uma família real aliada de Washington, que viola diuturnamente os direitos humanos, não é condenada ou sequer citada pelos Estados Unidos, da mesma forma que a entrada de tropas sauditas no Bahrein para reprimir manifestantes é aceita como um fato normal.