segunda-feira, 17 de outubro de 2016

-PLC 75/2015, QUE TRATA DO FINANCIAMNETO E CUSTO DE CAMPANHAS, ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA, COLIGAÇÕES, E CALENDÁRIO ELEITORAL.

Por Jeorge Cardozo

Temos vivido, como nação, atormentados pelos “males” do nosso modelo político e pelos “males” do passado, pelo velho vício e pelo novo, mascarado como democracia burguesa, sem termos podido conhecer uma história de rupturas no modelo eleitoral, com a farsa da reforma político eleitoral, delineado pelos nossos congressistas. Não que não tenhamos tentado o financiamento público das campanhas eleitoral. Fizemos essa discussão de modo expressivo, mas não eliminamos relações promiscuas estruturas e procedimentos do capital nos resultados da correlação de forças entre aqueles políticos que representam o capital e aqueles que representam o povo de verdade. Nossa inquietação tem sido constante, aliás, duplamente contestadora contra o remendo que está sendo feito na reforma, principalmente patrocinada pelos partidos PSDB, PMDB, DEM, PR, PSD, PP, PTB, SD e etc. Em primeiro lugar, porque tem se feito com base na preservação de expressivos elementos do passado, de manutenção de status quo, que são assimilados, apenas pelos gângsteres das estruturas partidárias, sem a devida participação do povo, que, ao final, vão pagar as contas, com pouca representatividade nos debates políticos. Trata-se, para ficar num exemplo fácil, de peso paralisante em que se transformou a descrença do povo com a politica e com o político, afaste ainda mais o povo do poder e, só é usado como massa de manobra no período eleitoral.

Em segundo lugar, porque tem se feito a reforma, de forma não democrática, sem a participação popular e sob o comando das elites, desdobrando-se quase sempre de modo a ser hegemonizada por interesses conservadores. Foi assim que chegamos a final da famigerada reforma política, sem o financiamento público que, a priori, levaria o povo, ao mínimo de condições nas disputas eleitorais, sem a aprovação dessa matéria, apesar do senado ter votado o não financiamento de pessoa jurídica (empresas) as campanhas, ainda assim, os possuidores de grandes fortunas, poderão financiar campanhas e rico não financia campanhas de trabalhador ou sindicalista, exceto se for sindicalista pelego, que vai trair os seus “representados”, ou seja, o tiro saiu pela culatra e nada muda nos enganou de novo.

Destarte, volta com força a tese de lista partidária, que, representa o maior retrocesso na democracia. Ou seja, o cidadão comum ou representante de classes subalternas não mais terá vez, pois, como advento do listão partidário, você vai se candidatar, vai puxar voto para os partidos e no final quem vai decidir os eleitos, são os caciques, detentores das legendas partidárias que vão indicar os seus parentes e apadrinhados, geralmente pessoas corruptas e aliadas do status quo existentes.

Para você entender melhor, vai ser assim, caso seja aprovada a famigerada lista partidária: você cidadão de bem, filia-se a um partido político, faz campanha, o eleitor vota em você mais os votos irão para os partidos que, após o pleito, decidirá quem vai ficar de fato com os votos e as vagas, ou seja, você pode ser o maior puxador de votos do partido ou legenda, mais se não for do interesse do partido a sua eleição, eles indicarão as pessoas que lhes convém. Mais uma “nobre” manobra dos detentores de poder de se perpetuarem a si e a seus familiares e apadrinhados no poder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário