segunda-feira, 10 de agosto de 2015

-MULHERES À LUTA!

Por Jeorge Cardozo

O lado dramático e cruel da situação das mulheres no Brasil está exatamente aí, O machismo dominante ainda hoje tira proveito das deformações de sua concepção de mundo. Ao manter a ignorância diante das lutas sociais de inclusão das mulheres nos contextos político, econômico e social, preserva sua posição de mando, com os privilégios correspondentes.
Portanto, essa situação passou a mudar, a partir do Movimento Feminista Internacional. Em 1918 a bióloga brasileira Bertha Lutz (1894-1976) publicou na Revista da Semana uma carta denunciando o tratamento discriminatório dado às mulheres. Em 1921 criou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino que lutava pelo voto, pela escolha do domicilio e pelo trabalho de mulheres sem autorização do marido. Tivemos outras importantes ativistas pelo direito do voto, Mietta Santiago (1903-1995), Luíza Alzira Soriano Teixeira (1897-1963) e Jerônima Mesquita (1880-1972). Em 1934 foi eleita à deputada constituinte, Carlota Pereira de Queirós (1892-1982). Na década de 1930, as mulheres se fizeram presentes também nas greves operárias e na luta pelo acesso ao sistema educacional.
Assim como os demais movimentos sociais, o movimento das mulheres também foi alvo de repressão da direita conservadora e sofreu um refluxo durante os períodos ditatoriais de Vargas (1937-1945), dos governos militares (1964-1985) e da parte conservadora da sociedade e das igrejas. Nos meados dos anos de 1970, o movimento ganhou força, com a participação dos partidos políticos de esquerda, sindicatos, associação comunitária e com a constituição de 1988, que incorporou propostas apresentadas pelos movimentos feministas aos direitos individuais e sociais das mulheres, e no fomento a políticas públicas voltadas para o enfrentamento e a superação da discriminação e da opressão e, a consequente eleição da primeira mulher presidente, Dilma Rousseff. Tudo isso, resultou na criação dos conselhos dos direitos da mulher, das delegacias especializadas de atendimento à mulher, de programas específicos de saúde integral e de prevenção e atendimento às vitimas de violências sexual e domestica.

Destarte, na atualidade as mulheres precisam ratificar as suas conquistas, aumentando as suas representatividades na política, mesmo, hoje em dia, sendo elas maioria na população, elas continuam a votarem em peso nos homens, e, quando as poucas que assumem cargos eletivos ou políticos, acabam por tomar decisões, na sua maioria, de caráter conservador, indo, muitas vezes, contra aos interesses delas mesmas.

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