domingo, 3 de fevereiro de 2019

-EDUCAÇÃO SUPERIORVOLTANDO A SER MERCAFORIA DE RICO

Por Jeorge Cardozo

Preconiza o Art. 6° da nossa Constituição Federal de que são direitos sociais a educação... sendo que os direitos sociais, nele incluso, a educação, assim como os demais direitos fundamentais, possuem aplicabilidade imediata e a omissão por parte do poder público na regulamentação de alguma regra ali prevista, pode ser tutelada por meio da impretação do Mandado de Injunção.
Em conclusão, a fala irresponsável, leviana e elitista do ministro da educação de Jair Bolsonaro, o colombiano Rossieli Soares, de que "a educação superior é para uma elite intelectual e não para qualquer um", nos mostram que esse governo de ideologia de extrema direita, veio para ratificar um passado, não muito distante, em que jovens e adultos das classes C, D e E, ou seja, de origem humilde financeiramente, não tinham acesso quase nenhum ao ensino superior.
É bem verdade que nos últimos 20 anos, essa distância, que ainda é absurdamente grande, vinha em um processo de inclusão desses segmentos ao ensino superior. Dentro dessa nova conjectura, várias novas universidades e centros técnicos federais foram inaugurados, reabertos, reformados ou ampliados, elevando os números de estabelecimentos e de vagas, contemplando todas as classes sociais. Havia, portanto, uma certa conciliação de classes, alcançada, portanto, graças aos avanços e sucessos na economia, geração de emprego e certa ascensão social das classes B, C, D e até da E, levando o país a uma certa calma a priori.
Com o advento da crise do capital, iniciada no berço do capitalismo Estados Unidos e depois se espalhando mundo afora e chegando por último aqui no Brasil. Beneficiado pelas altas dos commodities como petróleo, agricultura, minérios e etc, que mantiveram a economia aquecida e um certo superávit na nossa balança comercial.
Com a chegada da crise, ainda que tardia, nos anos de 2013 e 2014, os setores da alta e média burguesia, delinearam o golpe parlamentar e usurparam o poder e junto a isso, começou a disciminação de ideologias de extrema direita, já em moda nos Estados Unidos e em parte da Europa, vendendo uma "falsa ideia" de que os problemas da crise, concentravam na corrupção, tráfico de drogas, aumento da violência, políticas protencionistas sociais do estado social liberal, portanto, de que era necessario um "salvador da pátria", a la Collor de Melo, anos 90, para resolver tais mazelas.
No entanto, propositadamente, 'esquecerem' de nos dizer de que na verdade, a crise do capital tinha tirado alguns privilégios, em especial, da classe média, fazendo com que, esses setores, aliados a setores conservadores da grande burguesia, igrejas, agronegócio e ao capital especulativo nacional e internacional, reagissem contrariamente as políticas públicas de inclusão social, preconizado nos governos petistas, de caráter social liberal, meio kerneisiano, meio gramasciano de Lula e Dilma.
Portanto, é dentro dessa nova conjectura político ideológica que o novo ministro da educação, de perfil direitista e anti trabalhador, vem propondo novas nuances na educação superior. Falam-se em até cobrarem mensalidades nas universidades federais, como forma de delimitarem as participações das classes C, D e E no ensino superior, em privilégios das classes A e B, formadoras das elites dominantes historicamente.
É bom lembrar de que o atual ministro da educação indicado por Jair Bolsonaro é um estrangeiro da Colombia, opinando e dirigindo os rumos da educação nacional.
Portanto, precisam-se de uma mobilização de todos, em especial, da juventude, no intuito de derrubar esse estrangeiro do comando da educação brasileira.
Imaginem os senhores, se fossem o Lula ou a Dilma que tivessem indicado um estrangeiro para dirigir a educação nacional?

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