quinta-feira, 21 de julho de 2016

-O FRACASSO DA DEMOCRACIA BURGUESA E O PERIGO DA EXTREMA DIREITA.

por Jeorge Cardozo

As transformações históricas não decorrem apenas da necessidade que os homens têm de melhorar suas condições materiais de existência. Os homens questionam também as relações sociais e sua organização política. Buscam respostas para suas dúvidas, querem entender melhor os mistérios da natureza. Em qualquer sociedade existem concepções de mundo baseadas em valores morais, costumes, sentimentos, inquietações religiosas ou científicas e descobertas materiais que mostram a luta para viver e superar as dificuldades que surgem.

Os tempos atuais foram um período histórico pleno do certo domínio na política, da famigerada democracia burguesa, em especial, no ocidente, mas, o que se ver hoje, é uma democracia envelhecida nas suas práticas ideológicas, explicitada na tentativa de aprimorar o modelo capitalista, mas, destarte, até a presente data, não conseguiu e não vai conseguir dar resposta a sua grande concentração de riquezas e poderio militar bélico para poucos e miséria e violências para as maiorias. Digo isso, ao ver o grande crescimento da intolerância, violência, fome, desemprego, concentração de renda, falta de esperança que, tem fomentado o ódio e o crescimento do terrorismo nos países periféricos e da extrema direita nos países centrais, berço do capitalismo como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França e até na Turquia, com ramificações em outras nações periféricas, vimos isso, também, aqui no Brasil, durante os protestos pró-impedimento da presidente Dilma, a presença das lacraias da extrema direita, presentes.

Nos noticiários, em toda parte do mundo, vemos as mesmas caras já envelhecidas dos políticos e nada de renovação ideológica, ao contrario, vemos as mesmas ideias e discursos ultrapassados que tem nos levados ao caos. O que acontece hoje com os problemas dos imigrantes na Europa, violência urbana, terror, falta de perspectiva da juventude, são reflexo direto do fracasso desse paradigma político, econômico e social delineado pela fracassada democracia burguesa vigente, que, a priori, não tem demostrado caminho seguro para o seu enfrentamento e solução.

Os seus ideólogos acham que vão resolver a problemática com criação de novas legislações e com o uso exacerbado da coerção, mas, não vai, pois, violência gera violência, é só vermos o que está acontecendo em todo o mundo na atualidade. Ou seja, não se ver mais a cara da militância nova que, tanto orgulho nos deu nos movimentos políticos e sociais do inicio do novo milênio. E o pior de tudo, é que, ao vermos os noticiários, vemos nesses movimentos de extrema direita e do terrorismo, a presença maciça de jovens desiludidos com o paradigma capitalista vigente e buscando nos braços do terror, respostas para as suas inquietações. Isso explica, em parte, o aumento da violência, da intolerância, do radicalismo, do racismo, da homofobia, da violência contra as mulheres, minorias e etc.

Que o capitalismo é um modelo nefasto de concentração de renda e opulência para poucos, é fato. Também é fato que a sua fracassada democracia não tem e não aparenta ter resposta para o mal criado por ela, mas, que por outro lado, o seu aparato ideológico de dominação é difícil de ser combatido, também o é. Ainda que o crescimento da informação tenha nos ajudados, os mecanismos e o poder econômico deles são maiores e mais eficazes do que o nosso. Tendo em vista os seus domínios econômicos, políticos, legislativos, judiciais e midiáticos, nos tornam, uma pequena agulha no palheiro, lutando contra o grande dragão faminto por poder e dinheiro.

Chegam a ser patético vermos nos comícios de Trump nos Estados Unidos, àquelas mulheres vestidas de peruas e pintadas como se fossem a Barbie, com os seus rostos esticados por cirurgias plásticas. A eleição deste transloucado fanfarrão mega-milionário americano, representa o aumento ainda maior de todos os males descritos nesse texto.

Ainda que a eleição de Hillary não seja o modelo ideal, representa uma inovação na política da velha e fracassada democracia americana, a eleição de uma mulher pela primeira vez.

Esse é o momento dos partidos de esquerda como PSOL, PSTU, PCB e outros, se constituírem como alternativa clara de defesa dos trabalhadores, das minorias, das mulheres, da juventude e criarem um plano de governo incomum, capaz de atrair a juventude e esses setores marginalizados que, nesse momento de inflexão da democracia burguesa, tem procurado na extrema direita e no terror, respostas para as suas inquietações.

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