O COMEÇO DO FIM DO BOLSONARISMO
por Jeorge Cardozo*
A observação que ora faço, do momento vivido pelo BOLSONARISMO, pós derrota eleitoral, vivenciada no último dia 02 de outubro, do presente ano, em segundo turno, contrapõe -se à percepção histórica construída no seio do BOLSONARISMO, de que eles ganhariam à eleição, ou em caso de derrota, tentariam um golpe de Estado ou Militar. A concepção que temos hoje, é de que não só o BOLSONARISMO foi derrotado nas urnas, como também, na tentativa de um golpe, pois, lhes faltam apoios de grande parte da sociedade, das instituições políticas, jurídicas e até mesmo, das Forças Armadas que, embora não "morram de amores" por Lula e o PT, mas, destarte, também não nutrem de confiança absoluta na pessoa do capitão, que foi expulso do próprio exército por conduta inadequada.
Vivenciamos momentos de perplexidade em face dos acontecimentos pós eleição e o desmantelamento do paradigma Bolsonarista. De um lado, o derrotado, cambaleando e perdido Jair Bolsonaro que, desde que perdeu a eleição, perdeu também o rumo, se é que teve algum dia; escondido, calado e abandonado pelos 'amigos' da política, o que lhe restou foi meia dúzia de tresloucados que ocupam estradas e até mesmo portas de quartéis em busca de apoio militar, para com isso, tentar bloquear a posse do presidente Lula, eleito de forma democrática e transparente. De outro lado, estão os filhos, tal como o pai, tresloucados também, um está a passear no Oriente Médio, precisamente, no Catar, onde acontece a copa do mundo de 2022; do outro, estão os demais filhos que, andam e voltam fogem dos seus seguidores que cobram ações extremistas por parte dos supostos líderes da extrema direita.
Mais perdidos do que foguetes sem pólvora, tanto Bolsonaro como os filhos, a priori, não têm um plano para sustentar o grupo extremista e, destarte, vêm os seus apoiadores do 'Centrão' se mudarem de malas e cuias para a futura gestão petista. Ingenuamente, Bolsonaro e seus seguidores achavam que o famigerado 'Centrão' iria ficar pós derrota eleitoral, em barco náufrago; a história tá aí para contar, é só lembrar o que o então aliado de Dilma fizeram com ela.
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