NOSTALGIAS DE AMOR
por Jeorge Cardozo
Começo a arrepender-me desse amor.
Não que ele me canse.
Eu não tenho nostalgias adolescentes
De quem pulou fases.
E realmente só transpiro suspiros acordados
Dos desejos escaldante da segunda idade
Explícitos no desejar, tocar, acariciar...
Boca, lábios, seios, pernas, bunda...
Bunda que sonho em toca-la
De monte não ouso chama-la-.
Na eloquência dos desejos latentes
Penetrando as minhas mãos
Por sua entranha molhada
Pelos desejos escondidos de mulher
Perdida na sua solidão
Abandonada por falso amantes.
Mas o teu amor é enfadonho
Não tem cheiro de excreção vaginal
Traz certa contração paralisante
Vício indelével da imensa morosidade
Ínfimo, porque o maior defeito desse amor
És a tua imobilidade nostálgica do príncipe encantado
Que a muito não mais existe
Tu não tens presa ao balanço das horas
Tu amas as nostalgias de um passado
Que não mais volta
O estilo lento e paralisante no horizonte flora
E quando ela acordou
De suas nostalgias adormecidas
A própria natureza já os tinham levados
Os seus sonhos de amor perfeito
Pois a natureza é uma propriedade inefável
Não perdoa
Leva,
Distatimente,
Poderosamente,
Utilmente.
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