segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Poesia Nostalgia de amor

 NOSTALGIAS DE AMOR

por Jeorge Cardozo 

Começo a arrepender-me desse amor.

Não que ele me canse.

Eu não tenho nostalgias adolescentes

De quem pulou fases.

E realmente só transpiro suspiros acordados

Dos desejos escaldante da segunda idade

Explícitos no desejar, tocar, acariciar...

Boca, lábios, seios, pernas, bunda...

Bunda que sonho em toca-la

De monte não ouso chama-la-.

Na eloquência dos desejos latentes 

Penetrando as minhas mãos 

Por sua entranha molhada

Pelos desejos escondidos de mulher 

Perdida na sua solidão

Abandonada por falso amantes.

Mas o teu amor é enfadonho

Não tem cheiro de excreção vaginal

Traz certa contração paralisante

Vício indelével da imensa morosidade

Ínfimo, porque o maior defeito desse amor

És a tua imobilidade nostálgica do príncipe encantado

Que a muito não mais existe

Tu não tens presa ao balanço das horas

Tu amas as nostalgias de um passado

Que não mais volta

O estilo lento e paralisante no horizonte flora

E quando ela acordou

De suas nostalgias adormecidas

A própria natureza já os tinham levados 

Os seus sonhos de amor perfeito

Pois a natureza é uma propriedade inefável

Não perdoa

Leva,

Distatimente,

Poderosamente,

Utilmente.



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