A METÁFORA DO RATINHO TIRADO A ESPERTO E A
SERPENTE DO DESERTO AFRICANO!
Por Jeorge Cardozo*
Todos nós sabemos que o deserto africano é
um dos lugares mais quentes e inóspitos do mundo. No entanto, apesar de tanta
temperatura, por lá existem diversas formas de vidas, que se adaptaram a essas
diversidades. Uma delas é a serpente do deserto, animal com um veneno poderoso,
capaz de matar um homem em menos de 15 minutos. Para sobreviver nas altas
temperaturas do deserto, ela, a serpente, vive camuflada em baixo da areia e é
capaz de rastejar por quilometro, encoberta pela areia, para se proteger do sol
escaldante e facilitar à busca de alimentos.
Outro animal que vive por lá também, e faz
parte da cadeia alimentar da serpente do deserto africano, são os ratinhos do
deserto, que, ao contrario da serpente que se rasteja por baixo da areia, os
ratinhos vivem em cavernas escavadas por eles, mas, de vez em quando, eles saem
para conseguir alimentos e brincarem sobre a areia. Ao saírem pra se
alimentarem e brincarem, eles são observados de longe pela serpente que, mesmo
estando em baixo da areia e a centenas de metros, possui um poderoso radar,
detector de sons e calor, na língua, capaz de sentir a presença dos ratinhos, a
centenas de metros. Ao sentir as presenças dos ratinhos através do seu poderoso
radar, a serpente começa a se aproximar dos ratinhos e vigiar cada movimento
dado por eles, sem que eles sintam a sua presença.
No entanto, os ratinhos por se achar muito
esperto, continuam as suas “traquinagens” e, até brincam e se divertem com a
areia se movendo pelo rastejar da serpente, sem saber que ali em baixo, está a
feroz serpente que, geralmente, nunca erra o bote fatal. Destarte, assim como
os demais animais irracionais, tanto a serpente como os ratinhos, agem por
instintos, pois, só nós seres humanos (até que se prove o contrário), somos
capazes de racionalizar as nossas ações, ou seja, se os ratinhos tivessem o
privilégio de raciocinar, tomaria maiores cuidados, ao ficar perto de uma
serpente tão venenosa.
Enfim, quando chega à hora do bote fatal,
a serpente se aproxima da vitima, sempre por baixo da areia, e fica frente a
frente com a vítima, como se dissesse: “pare
com isso que eu estou aqui vendo tudo e te dando a chance de você pensar e agir
diferentemente”, mas, o ratinho, tirado a esperto e achando que pode
enganar a serpente, continua ali, fazendo as suas “traquinagens”, até que é
surpreendido, com uma picada mortal da serpente. A picada é tão poderosa, que o
“pobre” ratinho, morre ali na frente da serpente, em menos de um minuto. Após
certificar que a vítima está morta, a serpente a engole, começando pela cabeça.
Moral da história: nós, seres humanos,
assim como os ratinhos do deserto, em determinados momentos das nossas vidas,
costumamos a nos achar mais “espertos” do que os outros e passamos aprontar com
o outro, achando que o outro não está vendo e nem percebendo nada. De fato, têm
muitos, que não percebem mesmas, as ações nocivas feitas as escondidas. Mas,
destarte, têm outros que estão ativos, vendo tudo, assim como a serpente do
deserto, e deixando o “ratinho” achar que é muito esperto, até que o outro, que
se comporta como a “serpente do deserto”, prepara e dar o golpe de
misericórdia. É isso, antes de fazer os outros de bobos, e se achar muito
esperto, temos que ter o cuidado pra não ficar no lugar do ratinho do deserto e
deixar que o outro fique no lugar da serpente do deserto, com seu veneno fatal.
*Jeorge
Luiz Cardozo é mestre em políticas públicas e desenvolvimento local
sustentável.
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