sábado, 7 de dezembro de 2013

-A METÁFORA DO RATINHO TIRADO A ESPERTO E A SERPENTE DO DESERTO AFRICANO!


A METÁFORA DO RATINHO TIRADO A ESPERTO E A SERPENTE DO DESERTO AFRICANO!

Por Jeorge Cardozo*
     
 Todos nós sabemos que o deserto africano é um dos lugares mais quentes e inóspitos do mundo. No entanto, apesar de tanta temperatura, por lá existem diversas formas de vidas, que se adaptaram a essas diversidades. Uma delas é a serpente do deserto, animal com um veneno poderoso, capaz de matar um homem em menos de 15 minutos. Para sobreviver nas altas temperaturas do deserto, ela, a serpente, vive camuflada em baixo da areia e é capaz de rastejar por quilometro, encoberta pela areia, para se proteger do sol escaldante e facilitar à busca de alimentos.
     Outro animal que vive por lá também, e faz parte da cadeia alimentar da serpente do deserto africano, são os ratinhos do deserto, que, ao contrario da serpente que se rasteja por baixo da areia, os ratinhos vivem em cavernas escavadas por eles, mas, de vez em quando, eles saem para conseguir alimentos e brincarem sobre a areia. Ao saírem pra se alimentarem e brincarem, eles são observados de longe pela serpente que, mesmo estando em baixo da areia e a centenas de metros, possui um poderoso radar, detector de sons e calor, na língua, capaz de sentir a presença dos ratinhos, a centenas de metros. Ao sentir as presenças dos ratinhos através do seu poderoso radar, a serpente começa a se aproximar dos ratinhos e vigiar cada movimento dado por eles, sem que eles sintam a sua presença.
     No entanto, os ratinhos por se achar muito esperto, continuam as suas “traquinagens” e, até brincam e se divertem com a areia se movendo pelo rastejar da serpente, sem saber que ali em baixo, está a feroz serpente que, geralmente, nunca erra o bote fatal. Destarte, assim como os demais animais irracionais, tanto a serpente como os ratinhos, agem por instintos, pois, só nós seres humanos (até que se prove o contrário), somos capazes de racionalizar as nossas ações, ou seja, se os ratinhos tivessem o privilégio de raciocinar, tomaria maiores cuidados, ao ficar perto de uma serpente tão venenosa.
     Enfim, quando chega à hora do bote fatal, a serpente se aproxima da vitima, sempre por baixo da areia, e fica frente a frente com a vítima, como se dissesse: “pare com isso que eu estou aqui vendo tudo e te dando a chance de você pensar e agir diferentemente”, mas, o ratinho, tirado a esperto e achando que pode enganar a serpente, continua ali, fazendo as suas “traquinagens”, até que é surpreendido, com uma picada mortal da serpente. A picada é tão poderosa, que o “pobre” ratinho, morre ali na frente da serpente, em menos de um minuto. Após certificar que a vítima está morta, a serpente a engole, começando pela cabeça.
     Moral da história: nós, seres humanos, assim como os ratinhos do deserto, em determinados momentos das nossas vidas, costumamos a nos achar mais “espertos” do que os outros e passamos aprontar com o outro, achando que o outro não está vendo e nem percebendo nada. De fato, têm muitos, que não percebem mesmas, as ações nocivas feitas as escondidas. Mas, destarte, têm outros que estão ativos, vendo tudo, assim como a serpente do deserto, e deixando o “ratinho” achar que é muito esperto, até que o outro, que se comporta como a “serpente do deserto”, prepara e dar o golpe de misericórdia. É isso, antes de fazer os outros de bobos, e se achar muito esperto, temos que ter o cuidado pra não ficar no lugar do ratinho do deserto e deixar que o outro fique no lugar da serpente do deserto, com seu veneno fatal.
*Jeorge Luiz Cardozo é mestre em políticas públicas e desenvolvimento local sustentável.

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