por Jeorge Luiz Cardozo*
Você reparou que vive o tempo todo atrás de dinheiro, e que você gasta a maior parte da sua vida para produzi-lo e que seu reconhecimento social depende dele, porque é através dele é que você pode barganhar com a sociedade, consumir coisas, em regra geral atrair pessoas (pois quem tem dinheiro pode proporcionar coisas). Isto posto, pode-se dizer que você não se realiza para si e em si, mas sim você se realiza para o capital... Logo então você não é sujeito (porque não pode se realizar por mais dinheiro que possua), mas também não é objeto (porque faz história), então você é o suporte da história, ainda que alienado ao consumismo e ao capital.
Parafraseando Marx, o homem somente poderia ser sujeito da história se ele se realizasse plenamente, produzindo para-si e para-outro, ou seja, sem ter que se preocupar na maior parte do tempo com a hipocrisia de gastar e consumir, para se alto afirmar. Como não é assim a realidade material, na visão de Marx passa a entender que não existe "história do homem alienado", mas sim, a história dos predicados do homem, assim sendo, toda espécie de homem ainda está em sua pré-história.
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*Jeorge Luiz Cardozo é mestre em políticas públicas e desenvolvimento local sustentável.
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